O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou dar justificativas para atual situação do Brasil, com o aumento da pobreza. Para ele, o cenário é de guerra e até mesmo grandes economias teriam sofrido os impactos.
“Alguns vão dizer que o Brasil está mais pobre. Sim, guerras empobrecem. O mundo todo ficou mais pobre. Inflação também está alta na Alemanha, Estados Unidos e China. É culpa do governo Bolsonaro? Falam que governo A ou B perderam menos empregos, mas algum outro governo enfrentou a covid? Então não podemos comparar”, argumentou Guedes.
O ministro ainda disse que a recuperação econômica tem relação com programas de preservação de empregos – como o BEm,
Além disso, ele comentou sobre os 3,5% antes previstos de crescimento da economia. “Isso tudo deu frutos neste ano, quando a economia se reergueu. A síntese de 2021 é que as previsões de que o Brasil iria dar errado falharam, a economia realmente voltou em ‘V’ e cresceu 5% neste ano”, defendeu o ministro.
Inflação
Se por uma lado Guedes “comemora” o PIB, a inflação ainda está em alta e pode ser problemático, principalmente para os mais pobres. “Teve inflação no mundo inteiro. Em todo o mundo, salários, aposentadorias e aluguéis perderam poder de compra e os governos mantiveram programas sociais. Mas as cadeias produtivas se desarticularam, e esse choque de oferta adverso tirou renda, emprego e trouxe inflação no mundo inteiro. Se é verdade que a inflação subiu, a culpa é nossa ou da covid?”, comentou.
Na semana passada, o mercado financeiro diminuiu a previsão de inflação, de 10,18% para 10,05%.. O valor ainda está na casa dos dois dígitos e a redução não foi tão significativa. Em outras palavras, os produtos vão continuar subindo e ficando mais caros, já a economia do Brasil deve crescer menos do que era esperado inicialmente.
Os resultados foram estimativas do relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC). Os dados para inflação chamam atenção, pela altas seguidas na perspectiva de inflação em 2021.
Neste cenário, muitas famílias tem tido dificuldade até para se alimentar e por isso foi lançando o Auxílio Brasil – uma espécie de reformulação do Auxílio Emergencial.
Para dezembro, é esperado que o pagamento mínimo seja de R$ 400 por família, mas o valor pode diminuir já em janeiro, ainda não há confirmações – entenda clicando aqui.