No final de novembro, um grupo de pediatras composto em sua maioria por profissionais de São Paulo lançou uma campanha em prol da volta às aulas presenciais. Essa é uma das ações de mobilização pela reabertura das escolas que foram fechadas em março deste ano por conta da pandemia da covid-19.
De acordo com os pediatras, a preocupação é em relação aos efeitos da pandemia nas crianças e adolescentes, ou seja, os efeitos do longo período de isolamento social. Além disso, para o grupo de pediatras, há cada vez mais indicativos de que não há por que manter as escolas fechadas. Nesse sentido, a infectopediatra Luciana Becker Mau, uma das idealizadoras do programa Ciência Pela Escola, afirmou:
“Queríamos levar o debate para o nível científico e informar a população, gestores públicos e outros médicos sobre a possibilidade da reabertura das escolas”.
Conforme Mau, a ideia é passar da fase de pensar em reabrir as escolas e começar a pensar em como fazer a retomada das aulas presenciais. Por isso, os médicos lançaram mão de um manifesto em favor da abertura das escolas. Nesse manifesto, o grupo reuniu uma uma série de estudos no sentido de defender que as aulas presenciais podem ocorrer durante a pandemia, se feitas de forma segura com algumas medidas.
De acordo com os organizadores da mobilização, o documento já reúne cerca de 8 mil assinaturas, inclusive de 2,8 mil médicos, sendo 1 mil pediatras. Além disso, a mobilização também tem ocorrido por meio da internet. Assim, Paulo Telles diz “Estou nessa luta há vários meses, fazendo lives e tentando mostrar que a saúde da criança tem que ser pensada de forma mais completa”.
Temor aumenta por conta de alta nos números de casos da covid-19
Apesar de haver todo um movimento no sentido da volta às aulas presenciais, há ainda muita resistência. Estados como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, têm registrado alta no número de casos. Desse modo, as famílias receiam mandar crianças e adolescentes à escola, quando há autorização. Além disso, nem todos os médicos concordam com a retomada presencial neste momento. Nesse sentido, o infectologista Hélio Bacha afirma que “A escola é muito importante, quase essencial, mas não podemos reabrir as escolas a todo custo. Fazer isso neste momento seria uma aventura”.
As informações são da BBC News.
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