Com as altas taxas de juros que afligem os consumidores brasileiros, é fundamental estar atento às melhores práticas financeiras. Uma das armadilhas financeiras mais comuns é o uso do crédito rotativo do cartão, que cobra uma das maiores taxas de juros do mercado brasileiro. Para ajudar os consumidores a evitar esse problema, a educadora financeira Simone Sgarbi compartilhou algumas dicas valiosas com o portal R7.
O crédito rotativo do cartão permite que os consumidores paguem apenas uma parte da fatura, rolando o saldo restante para o próximo mês com juros exorbitantes. De acordo com a educadora financeira, essa modalidade de crédito pode levar as pessoas a uma verdadeira armadilha financeira, acumulando dívidas difíceis de pagar.
“O maior erro do brasileiro comum é que ele usa esse limite do cartão de crédito como se fosse complemento do seu salário. Então, por exemplo, eu ganho R$ 2.000 por mês e tenho um crédito de R$ 500, eu começo a considerar que eu tenho R$ 2.500 por mês para usar. Esses R$ 500, na verdade, são um empréstimo, e ele tem que ser pago”, explica Simone Sgarbi ao portal R7.
Dicas para não se endividar
O uso responsável do cartão de crédito é essencial para evitar a armadilha dos juros rotativos. Sendo assim, é recomendado que os consumidores mantenham o controle das finanças pessoais e busquem orientação financeira quando necessário. Para evitar cair nessa cilada financeira, a educadora financeira destaca as seguintes dicas:
- Pagar o valor total da fatura: A melhor maneira de evitar os juros do cartão de crédito rotativo é pagar o valor total da fatura até a data de vencimento. Isso elimina qualquer cobrança de juros.
- Planejar as compras: Evitar usar o cartão de crédito impulsivamente e planejar as compras com antecedência é essencial.
- Cuidar do parcelamento: Optar por parcelar compras apenas quando necessário e certificar-se de que as parcelas cabem no orçamento mensal.
- Evitar saques no cartão: Os saques no cartão de crédito costumam ter taxas e juros ainda mais altos do que as compras parceladas. Devem ser evitados ao máximo.
- Estar ciente das taxas: Ler atentamente os termos e condições do cartão de crédito para entender as taxas e os juros cobrados.
- Manter um controle financeiro: Manter um controle rigoroso das finanças, acompanhando os gastos e as datas de pagamento das faturas, é fundamental.
- Considerar outras opções de crédito: Em situações financeiras complicadas devido às dívidas no cartão de crédito rotativo, considerar buscar alternativas como um empréstimo pessoal com taxas de juros mais baixas.
Seguindo essas dicas, os consumidores podem evitar os altos juros do cartão de crédito rotativo e manter suas finanças pessoais em ordem. A educação financeira é a chave para uma vida financeira saudável e equilibrada.
Como funciona o crédito rotativo?
No crédito rotativo, os titulares de cartão têm a opção de pagar apenas uma parte da fatura mensal. Esse pagamento mínimo geralmente é definido pela empresa emissora do cartão e costuma ser uma porcentagem do saldo devedor, juntamente com os encargos financeiros (juros e taxas).
O valor não pago da fatura (diferença entre o total da fatura e o pagamento mínimo ou parcial) é automaticamente transferido para o próximo mês como um saldo remanescente. No entanto, é importante ressaltar que esse saldo acumula juros mensais sobre o valor devido.
Em resumo, o crédito rotativo é uma opção conveniente em alguns casos. Apesar disso, é fundamental entender os altos custos associados a essa modalidade e usá-la com responsabilidade, priorizando o pagamento total da fatura sempre que possível.