A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou nesta semana que a as aulas presenciais só serão retomadas quando houver vacina ou medicação eficaz contra a Covid-19. A nota foi divulgada pela reitoria da universidade.
“É importante dizer que, se não houver alternativas, como a vacina ou medicamento eficaz contra a Covid-19, o retorno presencial completo não será possível no ano de 2020. Portanto, precisamos discutir com responsabilidade e coerência a possibilidade do que o ano acadêmico de 2020 não seja completamente perdido”, informou a Reitoria.
Nesta terça-feira (16), a UFRJ completa 90 dias sem atividades presenciais não essenciais. Segundo a Reitoria, ainda há muitas incertezas sobre quando ou como ocorrerá o retorno presencial. Isto será decidido, de acordo com a universidade, baseado em critérios técnico-científicos. Até o momento a disposição é permanecer firme “na garantia da segurança ao corpo social e à população”.
A nota diz ainda que foi constituída a Comissão de Formas Alternativas de Ensino, sob a coordenação da Vice-Reitoria, que se debruça sobre as demandas necessárias para a retomada das atividades acadêmicas de graduação, pós-graduação e extensão. “Seguiremos agindo de forma democrática, dialógica, responsável e nos reinventando como instituição. Para que sejamos bem-sucedidos nessa tarefa, precisaremos da união cada vez maior do corpo social, do entendimento sobre nossas limitações, da busca por soluções e a certeza de que precisamos prosseguir e progredir”.
A universidade tem participado do esforço coletivo de combate à pandemia, seja atendendo a doentes nas suas unidades de saúde seja produzindo insumos necessários: “Nesses três meses, realizamos mais de 12 mil testes diagnósticos para detecção molecular do novo coronavírus; renovamos leitos de CTI e enfermarias e mais de 600 pacientes portadores da Covid-19 foram atendidos nos nossos hospitais; produzimos mais de 60 mil litros de álcool 70 e álcool em gel”.
A UFRJ conta com 176 cursos de graduação e 232 cursos de mestrado e doutorado. São mais de 4 mil professores, 65 mil estudantes, 3 mil servidores que atuam em hospitais e 5 mil técnicos-administrativos.