O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, deu alguns detalhes sobre o Plano Nacional de Imunização durante evento nesta segunda (11) em Manaus, capital do Amazonas, que decretou estado de calamidade pública por 6 meses por conta da pandemia de Covid-19.
Segundo Pazuello, o Ministério da Saúde poderá fazer a distribuição de vacinas aos estados e municípios em até 4 dias, contando da data que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca ou da CoronaVac. A previsão mais otimista é para que a vacinação comece no dia 20 de janeiro.
“Se a análise for concluída na Anvisa, eu começo a vacinar até o dia 20 de janeiro, e aí vão entrando as produções e todas as importações a caminho. Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia [a vacina] já estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação do Brasil”, afirmou Pazuello.
8 milhões de doses para iniciar a vacinação no Brasil
A campanha nacional de imunização começará com a distribuição de 6 milhões de doses da CoronaVac, a vacina do Butantan, e mais 2 milhões de doses importadas prontas da Índia da vacina de Oxford/AstraZeneca, cuja responsável pelos estudos e pela fabricação no Brasil é a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
“Já temos autorização de importação, autorização de exportação [da Índia], já pagamos e estamos negociando a autorização da saída dessas doses da Índia, que deve acontecer nos próximos dez dias.”, disse o ministro da Saúde.
As primeiras doses previstas no pedido de uso emergencial serão aplicadas nos grupos de risco (profissionais da saúde, idosos, indígenas e quilombolas).
No total, até junho, a Fiocruz prevê a fabricação de 100,4 milhões de doses da vacina de Oxford usando insumos importados. De junho até dezembro, mais 100 milhões de doses devem ser fabricadas com matéria-prima nacional. Já o Butantan tem capacidade de fornecer 100 milhões de doses da CoronaVac neste ano ao governo federal, que já comprou 46 milhões de doses.
Quando começa a campanha nacional de imunização?
No dia 08 de janeiro, tanto a CoronaVac quanto a vacina de Oxford tiveram o pedido de uso emergencial encaminhado à Anvisa, que deve terminar as análises até segunda (18) desde que não haja contratempos. Dessa forma, o ministro não crava uma data exata para começar a campanha de vacinação no Brasil, que voltou a registrar média móvel acima de mil mortes diárias por Covid-19 na última semana.
“Eu falo em três períodos de vacinação: um curto, um médio e um mais dilatado. O curto é agora, até o dia 20 de janeiro. O médio, de 20 de janeiro a 10 de fevereiro. E o mais dilatado, de 10 de fevereiro ao começo de março”, disse Pazuello.