O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (30) que todos os alunos da rede escolar municipal terão direto a pedir o cartão merenda, que dá uma ajuda financeira às famílias de crianças e jovens enquanto as aulas seguem suspensas pela pandemia do coronavírus. Covas também afirmou que a volta às aulas “não se trata de uma questão política”, e que será a Secretária de Saúde quem dará o aval para o retorno no momento adequado.
“Queria anunciar que a partir de hoje vamos universalizar enviando para todos os alunos que queiram esse cartão alimentação. Aos alunos que não estejam recebendo, a partir de hoje eles podem se cadastrar. Eles terão até o dia 9 de agosto para fazer esse cadastro. O cartão será enviado para as escolas, que avisarão as famílias”, afirmou em entrevista coletiva o prefeito.
No início da pandemia, em abril, a Prefeitura de São Paulo anunciou o benefício para cerca de 350 mil famílias de alunos, a grande maioria já cadastrada no Bolsa Família. Agora, a gestão de Covas pretende atingir aproximadamente 1 milhão de alunos, atendendo a todos que estão matriculados na rede municipal e que solicitem o auxílio.
Os valores do benefício seguem os mesmos desde o começo do programa, que visa substituir a merenda que era oferecida na rede municipal de ensino. As crianças matriculadas em (CEIs) Centros de Educação Infantil recebem R$ 101, os alunos das EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) ganham R$ 63,00 e os estudantes do ensino fundamental ficam com uma ajuda de R$ 55 mensal.
Saúde decide sobre retorno
Covas também aproveitou para reforçar o discurso de que não cederá a pressões políticas para determinar a volta às aulas. O prefeito respondeu a questões sobre o tema em meio à polêmica que vem inclusive sendo discutida na Câmara dos Vereadores, sobre permitir aos pais a decisão do retorno ou não de seus filhos.
“Quem vai definir a data não é pressão política do grupo político a, b ou c, vai ser a área da Saúde. Somente quando a área da Saúde entender que é possível é que voltaremos às aulas. Enquanto não disser que é possível, permanecerá suspensa. Não se trata de uma questão política, de desejo do prefeito, de pressão política”, disse Covas.
O prefeito argumentou que o projeto aprovado em primeira votação ontem na Câmara, que trata entre outras questões de uma possível “compra” de vagas em escolas particulares, não determina a data da volta às aulas.
“O projeto aprovado pela Câmara não estabelece a data de retorno às aulas, mas cria a possibilidade de, quando a Saúde autorizar, a gente esteja preparado. Não é porque o município a, b ou c decidiu (voltar), que vamos fazer assim”, concluiu o prefeito. Fonte: Uol Educação