Nesta sexta-feira (1º), volta a ser permitido o corte da energia elétrica devido a falta de pagamento por parte dos consumidores de baixa renda. A ação estava suspensa desde abril, quando o país passava pela segunda onda de contaminações por Covid-19.
A suspensão beneficiou cerca de 12 milhões de consumidores, inclusive após sua prorrogação iniciada no fim de junho. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), não há ainda previsão de uma nova extensão.
Diante disso, o cliente inadimplente por, ao menos, 15 dias corre o risco de ter a sua luz desligada. Esse é o prazo mínimo que boa parte das distribuidoras estabelecem para que o consumidor realize os pagamentos nas datas corretas.
Vale ressaltar que o retorno da possibilidade de cortes da energia ocorre em um momento crítico, principalmente para os cidadãos mais vulneráveis. A inflação está em constante elevação, fazendo com que o preço de produtos básicos, como alimentos e o botijão de gás, também aumentem.
Os cidadãos contemplados pela tarifa social de energia elétrica continuarão pagando neste mês a bandeira vermelha nível 2, que acrescenta à conta de luz R$ 9,49 por cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
A Aneel decidiu manter o valor devido ao cenário ainda crítico no setor elétrico brasileiro. Os consumidores atendidos pelo programa não foram afetados pela criação da bandeira de escassez hídrica, que elevou temporariamente a taxa para R$ 14,20 por 100 kWh.
Devido a tantas inconsistências na economia, algumas distribuidoras de energia têm disponibilizado negociação de dívidas com descontos. A Light, por exemplo, oferece um desconto de até 95% para clientes que estiverem com uma fatura vencida nos últimos seis meses. Além disso, possível parcelar a dívida em até 24 vezes no cartão de crédito.
“É uma chance única e a nossa ideia é oferecer condições muito vantajosas aos consumidores que terão em média 52% de desconto na negociação de débitos”, disse, em nota, Rodney Argolo, gerente de cobrança da concessionária do estado do Rio de Janeiro.