Coronavírus: Brasil chega a 365 mortos e 9.216 casos confirmados
No Brasil, apenas três estados ainda não registraram mortes: Acre, Amapá e Tocantins.
Até 08h30 deste sábado, 04 de abril, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 8.076 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. Segundo dados oficiais, são 365 mortos.
No Brasil, apenas três estados ainda não registraram mortes: Acre, Amapá e Tocantins.
O avanço da doença segue em ritmo acelerado. Foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (26 de fevereiro a 21 de março). Os outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (do dia 21 ao dia 27 de março) e quase 4.000 casos de 27 de março a 02 de abril, quando a contagem passou da casa dos 8 mil infectados.
Até a tarde da última sexta-feira, 03 de abril, o Estado de Roraima registrou a primeira morte pelo vírus. Na Bahia, já são seis mortes confirmados. No Rio Grande do Norte alcançou quatro mortes, mesmo número registrado no Espírito Santo.
O Estado de São Paulo já registra 219 mortes e 4.048 casos confirmados da nova doença. O Rio de Janeiro já soma 1.074 casos como 47 óbitos confirmados.
O Estado do Mato Grosso confirmou a primeira morte na manhã da última sexta-feira. O Ceará já registra 658 casos e 22 mortes confirmadas. Em Pernambuco já são 10 mortos.
No Amazonas, foram sete mortes registradas e 260 casos confirmados. Em Minas Gerais, são 6 mortes pelo coronavírus. O município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, divulgou a primeira morte pela Covid-19.
Na tarde da última sexta, o Ministério da Saúde atualizou os números informando que o Brasil tem um total de 9.056 casos confirmados de coronavírus e 359 mortes.
Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.
“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.
Os testes serão feitos em casos leves. “Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”
Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados. Foram distribuídos, até agora, 27 mil testes para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados.
Projeções
De acordo com o ministro da Saúde, a Covid-19 poderia ser mais uma gripe forte se as ocorrências fossem distribuídas ao longo do ano e já houvesse vacina.
“Como nós não temos – e ninguém tem imunidade (vacina) – isso está acontecendo de uma maneira abrupta e vai levar muita gente ao mesmo tempo ao sistema de saúde. É como se você tivesse uma geladeira da sua casa e todo o quarteirão precisasse da sua geladeira para guardar alguma coisa: não cabe.”
O ministro afirmou, por outro lado, que apenas 15% das pessoas que serão contaminadas deverão precisar de internação. Ele espera que o Brasil tenha menos casos graves porque a base da população é jovem.
“Quase metade da população não vai pegar essa gripe. Porque, se metade entrar em contato com o vírus, a outra metade estará protegida”, disse Mandetta. “Da metade que vai entrar em contato, mais da metade não vai nem ter sintoma. Vai simplesmente desenvolver anticorpo, ele pega só um resto de vírus”, completou.
“Dos que tiverem sintoma, quase 85%- e eu acho que no Brasil, nesse ponto, os estudos vão mostrar… eu acho que, como a gente tem uma base populacional jovem, acho que nosso comportamento vai ser melhor frente ao vírus”, afirmou. “Acho que a gente pode ter um grande cordão imunológico, com menos casos graves. Dos 15% que vão ter sintoma, a grande maioria terá sintomas leves. E uma minoria vai necessitar de internação hospitalar”, disse.
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