Até a manhã desta quinta-feira, 1° de abril, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 6.931 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. Segundo dados oficiais, são 244 mortos, sendo 164 deles em São Paulo, de acordo com a secretaria de Saúde do estado. O RJ tem 23 casos fatais.
Na tarde da última quarta, o Ministério da Saúde atualizou os números informando que o Brasil tem um total de 6.839 casos confirmados de coronavírus e 240 mortes.
O Governo do Estado de Pernambuco confirmou mais duas mortes. Em Minas, foi contabilizada o terceiro óbito pela doença e, na noite de terça-feira (31), um homem de 23 anos morreu infectado pelo coronavírus no Rio Grande do Norte. Ele é a vítima mais jovem do coronavírus no Brasil até o momento.
O Ceará divulgou que tem nove mortes confirmadas. O Pará também registrou a primeira morte pela doença. O Rio Grande do Sul chegou a cinco mortes.
Agora, São Paulo tem 2.981 infectados no total. O Amazonas registrou 200 casos confirmados do coronavírus. O Distrito Federal já tem 370, seguido de Rio Grande do Sul (316), Santa Catarina (247) e Espírito Santo (122).
Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.
“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.
Os testes serão feitos em casos leves. “Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”
Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados. Foram distribuídos, até agora, 27 mil testes para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados.
Projeções
De acordo com o ministro da Saúde, a Covid-19 poderia ser mais uma gripe forte se as ocorrências fossem distribuídas ao longo do ano e já houvesse vacina.
“Como nós não temos – e ninguém tem imunidade (vacina) – isso está acontecendo de uma maneira abrupta e vai levar muita gente ao mesmo tempo ao sistema de saúde. É como se você tivesse uma geladeira da sua casa e todo o quarteirão precisasse da sua geladeira para guardar alguma coisa: não cabe.”
O ministro afirmou, por outro lado, que apenas 15% das pessoas que serão contaminadas deverão precisar de internação. Ele espera que o Brasil tenha menos casos graves porque a base da população é jovem.
“Quase metade da população não vai pegar essa gripe. Porque, se metade entrar em contato com o vírus, a outra metade estará protegida”, disse Mandetta. “Da metade que vai entrar em contato, mais da metade não vai nem ter sintoma. Vai simplesmente desenvolver anticorpo, ele pega só um resto de vírus”, completou.
“Dos que tiverem sintoma, quase 85%- e eu acho que no Brasil, nesse ponto, os estudos vão mostrar… eu acho que, como a gente tem uma base populacional jovem, acho que nosso comportamento vai ser melhor frente ao vírus”, afirmou. “Acho que a gente pode ter um grande cordão imunológico, com menos casos graves. Dos 15% que vão ter sintoma, a grande maioria terá sintomas leves. E uma minoria vai necessitar de internação hospitalar”, disse.
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