Conta de luz: taxa extra cobrada deve subir mais de 60% a partir de julho; entenda
O valor da bandeira patamar 2 da conta de luz deverá subir 60%, foi o que estimou fontes ouvidas pelo jornal o Globo. O portal afirmou que as pessoas ouvidas “conhecem o assunto de perto”.
O aumento das bandeira tarifárias já foi anunciado Iuri de Oliveira Barouche, responsável pela regulação da Enel em São Paulo, na semana passada, mas a porcentagem de reajuste não foi anunciada.
Um dos motivos para este aumento na conta de luz é crise hídrica que diminui a geração de energia nas usinas hidrelétricas, que dependem de água para o processo.
Com isso, é necessário gerar uma volume maior de energia nas termelétricas, que usam combustíveis, como óleo e gás no processo, o que encarece a produção.
Os novos valores das bandeiras da conta de luz devem ser anunciados ainda este mês e passarem a ser cobrados no consumo de julho das famílias e indústrias.
Conta de luz: entenda para onde vai o seu dinheiro
Preço das bandeiras da conta de luz
Hoje a cobrança extra geradas pelas bandeiras que são acionadas de acordo com o custa da geração de energia são os seguintes:
- Bandeira verde – não há cobrança extra;
- Bandeira amarela – R$ 1,34 a mais por cada cem quilowatts-hora (kWh);
- Bandeira vermelha patamar 1 – R$ 4,16 a mais por cada cem quilowatts-hora (kWh);
- Bandeira vermelha patamar 2 – R$ 6,24 a mais por cada cem quilowatts-hora (kWh);
As bandeiras mudam de mês a mês na hora da cobrança de energia, o valor vai depender do custo de geração de energia naquele mês.
Sendo que, com condições favoráveis a geração de energia a bandeira será a verde e condições mais custosas a bandeira vermelha patamar dois.
De acordo com o Globo, com a crise hídrica o valor da bandeira patamar 2 deve subir para R$ 10, o que pode pesar no bolso do brasileiros.
Por outro lado, especialistas ouvidos pelo portal ainda afirmam que o preço ideal devido ao acionamento das termelétricas deveria ser de R$ 12.
Aumento de valores e crise hídrica
Para os especialistas a sobretaxa, aplicadas por meio das bandeiras, deveriam ter sido aplicadas no ano passado. Isso para incentivar a economia de energia e, consequentemente, se tornar uma tentativa de manter os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis mais alto.
Diante da pandemia, como isso não aconteceu, o problema pode ter aumentado. A bandeira vermelha patamar dois só foi aplicada em dezembro de 2020. Já neste ano, de janeira a abril, foi adotada a bandeira amarela.
Estudiosos apontam que durante o nível de seca o país já estava com os reservatórios baixos. “Não foi só um problema do ano passado. O volume de chuvas está abaixo da média histórica nos últimos nove anos”, lembra o especialista Roberto Brandão, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ.