Consumo das famílias em supermercados CRESCE em 2023

Consumo das famílias em supermercados CRESCE em 2023

As famílias do país estão consumindo mais produtos de supermercados em 2023. De acordo com o Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo nos lares brasileiros cresceu 2,64% entre janeiro e outubro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em resumo, as famílias estão com mais condições financeiras de aumentar o volume de compras em supermercados. Isso vem acontecendo graças à desaceleração da inflação no Brasil, que corresponde à queda nos preços dos alimentos e serviços, e à redução dos juros, que vem diminuindo o endividamento no país.

Ao considerar apenas o mês de outubro, o consumo cresceu 2,89% em relação a setembro. Já na comparação com outubro de 2022, o consumo das famílias do país teve um crescimento bem mais tímido, de 0,61%. A propósito, o levantamento da Abras contempla os seguintes formatos de loja:

  • Atacarejo;
  • Supermercado convencional;
  • Loja de vizinhança;
  • Hipermercado;
  • Minimercado;
  • E-commerce.

Cabe salientar que os indicadores da Abras descontam a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.

Famílias do país aumentam consumo em supermercados em 2023
Famílias do país aumentam consumo em supermercados em 2023. Imagem: Agência Brasil.

Inflação desacelera em outubro

Em outubro deste ano, o IPCA subiu 0,24%, após alta de 0,26% no mês anterior. Esse resultado mostra que os consumidores do país tiveram que pagar um pouco mais caro em outubro, uma vez que o termo inflação se refere ao aumento dos preços de produtos e serviços.

Contudo, vale ressaltar que houve uma leve desaceleração da inflação no país, ou seja, os preços subiram um pouco menos do que em setembro. Na verdade, a taxa inflacionária seguiu com pouca força, assim como vem acontecendo nos últimos meses, para alívio dos consumidores.

Segundo o IBGE, o que mais impulsionou a inflação em outubro foi o grupo de transportes, cujos preços subiram 0,35%, impactando o IPCA em 0,07 ponto percentual (p.p.). O item passagem aérea registrou alta de 23,7% no mês, influenciando a inflação em 0,14 p.p.

É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano“, explicou o gerente do IPCA/INPC, André Almeida.

Queda no preço da gasolina limita avanço da inflação

Por outro lado, o preço dos combustíveis caiu 1,39% no mês, puxado para baixo pelas quedas nos preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%). Apenas o diesel ficou mais caro em outubro, apresentando alta de 0,33%.

A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice (-0,08 p.p) e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes“,  disse Almeida.

Vale destacar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, variou 0,33% em outubro, após alta de 0,21% em outubro. Caso o IPCA, que divulga a variação consolidada da inflação, siga essa trajetória, os preços dos produtos deverão acelerar em novembro.

Consumo deve se manter elevado até o final do ano

Em outubro, o pagamento do Bolsa Família ajudou a elevar o consumo nos supermercados do país. Em resumo, o benefício turbinado em 2023 tem funcionado como um dos principais fatores para o aumento da renda de milhões de famílias, que se veem possibilitadas de elevarem o consumo de produtos e serviços.

O governo Lula iniciou em março deste ano o pagamento adicional de R$ 150 para cada criança com até seis anos de idade, fato que contribuiu com o aumento do consumo no país nos últimos meses. Além disso, passou a pagar outro benefício de R$ 50 para crianças e jovens com idade entre sete e 18 anos incompletos e para gestantes.

O avanço do consumo em outubro também aconteceu devido aos descontos que costumam acontecer no segundo semestre. Muitas famílias aproveitam essas promoções para aumentarem o volume de compras no país.

Além do efeito calendário, a expressiva alta do consumo em outubro é atribuída à inauguração de lojas, às atividades promocionais que tradicionalmente se intensificam no segundo semestre combinados com renda mais estável e a menor variação nos preços da cesta de abastecimento dos lares“, afirmou o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

Veja o que impulsionou o consumo em outubro

De acordo com a Abras, alguns fatores impulsionaram o consumo das famílias em outubro. Confira abaixo quais foram os principais recursos injetados na economia pelo governo federal:

  • R$ 14,58 bilhões do programa Bolsa Família;
  • R$ 2 bilhões em pagamentos de Requisições de Pequeno Valor (INSS);
  • R$ 643 milhões do lote residual de Restituição do Imposto de Renda;
  • R$ 584,3 milhões dos repasses do Auxílio Gás.
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