A Polícia Federal (PF) publicou no Diário Oficial da União, a nomeação de mais candidatos aprovados no último concurso realizado para o cargo de Agente Administrativo, função de nível médio. De acordo com o documento, os aprovados serão lotados no Paraná, Goiás, Pará e no Distrito Federal.
De acordo com a portaria 7.762, que autoriza os nomeados, “o Diretor de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos XIV e XVII do art. 42 do Regimento Interno da Polícia Federal, resolve nomear os candidatos, habilitados em concurso público, para exercerem os cargos efetivos abaixo relacionados do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal, devendo ingressar no primeiro padrão de vencimento da classe inicial”, diz o texto publicado (veja abaixo).
Para posse no cargo, o candidato deverá atender os seguintes requisitos: Ter sido aprovado no concurso público; ter a nacionalidade brasileira ou portuguesa e, no caso de nacionalidade portuguesa, estar amparado pelo estatuto de igualdade entre brasileiros e portugueses, com reconhecimento do gozo dos direitos políticos, nos termos do § 1º do artigo 12 da Constituição Federal; estar em gozo dos direitos políticos; estar quite com as obrigações militares, em caso de candidato do sexo masculino; estar quite com as obrigações eleitorais.; possuir os requisitos exigidos para o exercício do cargo, conforme item 2 deste edital; ter idade mínima de dezoito anos completos na data da posse; ter aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo; firmar declaração de não estar cumprindo sanção por inidoneidade, aplicada por qualquer órgão público e(ou) entidade da esfera federal, estadual e (ou) municipal; O candidato deverá declarar, na solicitação de inscrição, que tem ciência e aceita que, caso aprovado, deverá entregar os documentos comprobatórios dos requisitos exigidos para o cargo por ocasião da posse; e Cumprir as determinações deste edital.
Sobre o concurso
O concurso da Polícia Federal teve a responsabilidade do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/Cebraspe). Na ocasião, o certame contou com 566 vagas distribuídas entre cargos de Agente Administrativo, Administrador, Arquivista, Assistente Social, Contador, Engenheiro Civil, Engenheiro Eletricista, Engenheiro Mecânico e Psicólogo. A seleção registrou 324.497 inscritos.
O concurso tem validade até 2 de junho de 2018. Após o término, a expectativa é que uma nova seleção seja preparada.
Novo concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo?
É grande a expectativa por um novo edital de concurso da Polícia Federal (Concurso Polícia Federal 2018) para o cargo de Agente Administrativo, requisito de nível médio. A função tem um alto número de cargos vagos, o que compromete o funcionamento de modo regular na PF. O último concurso foi realizado em 2013 e tem validade até este ano.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (PENAPEF), Luis Antônio de Araújo Boudens, informou recentemente que a Polícia Federal tem um déficit de 13.300 servidores. Desse quantitativo, 5.300 são do cargo de Agente Administrativo. O cargo tem exigência de Certificado, devidamente registrado, de conclusão de curso de ensino médio (antigo segundo grau), expedido por instituição de ensino reconhecida pelo MEC. O salário inicial do cargo chega a R$ 4.270,77.
Nos últimos anos, quatro mil policiais deixaram o departamento em virtude de aposentadoria ou outros motivos, sem que esse quantitativo tenha sido reposto. E com o encolhimento do quadro, vem a sobrecarga. “Temos colegas trabalhando 12 por 12 horas nas fronteiras, porque não tem efetivo”, relatou. Para os sindicalistas, os reflexos de um efetivo maior poderiam ser sentidos até mesmo na Operação Lava-Jato, cujos especialistas não conseguem estimar um fim, tamanho o alcance dos esquemas criminosos. “Já teria solução, com a condenação ou não dos envolvidos. O processo é lento porque tem 30, 40 pessoas trabalhando em uma operação de uma grandeza, de uma magnitude dessas. Saiba mais sobre o concurso.
Polícia Federal vai criar nova carreira de nível médio
A Polícia Federal, através do seu antigo diretor-geral, Fernando Segovia, apresentou a proposta para criação de uma nova carreira no quadro de servidores da corporação. O projeto, já apresentado para as associações e sindicatos de policiais federais, tem objetivo de reestruturar o órgão e criar uma nova carreira formada por policiais de nível educacional médio para funções consideradas de menor complexidade, como segurança de patrimônio e patrulhamento.
Para criação da carreira, a proposta deverá ser aprovada pelo Ministério da Justiça, Palácio do Planalto e Congresso Nacional. O presidente Michel Temer já deu sinal verde ao andamento da proposta, durante reunião realizada no mês de janeiro com o diretor-geral. Lembrando que a PF já conta com autorização para abertura de 500 vagas nas funções de agente, delegado e perito.
Ao assumir esses papéis como vigilância de presos e segurança patrimonial, hoje exercidos por servidores de nível superior, a nova carreira liberaria um grande contingente de policiais para assumir um papel mais ativo em investigações sobre crimes federais. O número de policiais de nível médio ainda não está definido.
Os detalhes da proposta foram explicados às entidades pelo delegado Delano Cerqueira Bunn, que foi coordenador de recursos humanos da PF até 2015 e hoje é superintendente regional da PF no Ceará. Durante três anos ele atuou na formatação de uma proposta, ainda na gestão do ex-diretor Leandro Daiello Coimbra, mas a ideia não foi tornada lei.
Segundo Bunn, o projeto incorpora estudos comparativos com polícias federais de 13 países e reuniões com técnicos do Ministério do Planejamento e do TCU (Tribunal de Contas da União). Sobre a nova carreira, o delegado disse que a força extra “atenderia às necessidades de ordem prática que a instituição não pode deixar de ter”. Saiba mais sobre o concurso.