Depois de muita espera, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou os conteúdos que serão cobrados no chamado Concurso Nacional Unificado (CNU). De acordo com as informações oficiais, a prova vai ser dividida em duas etapas, que serão aplicadas em todos os estados, e também no Distrito Federal.
Segundo projeções do Ministério, cerca de 180 municípios serão escolhidos para as aplicações do certame. Os novos detalhes sobre a prova foram publicados em um artigo no jornal O Estado de São Paulo, ainda nesta semana. Milhares de pessoas já estão usando estes dados para iniciar a preparação para o exame.
Blocos temáticos
O que se sabe é que a prova vai ser dividida em blocos temáticos. Tais blocos serão agrupados de acordo com as semelhanças em torno de atribuições de cada um dos cargos. Uma das etapas vai contar com a aplicação da prova objetiva de aplicação comum a todos os candidatos, e a outra etapa vai contar com questões objetivas e dissertativas específicas para cada um dos blocos.
As provas objetivas de aplicação comum contarão com os seguintes conteúdos:
- Língua Portuguesa;
- Raciocínio Lógico-Quantitativo;
- Conhecimentos referentes às bases constitucionais do Estado, à estrutura e funcionamento da administração pública;
- Fundamentos do Direito Administrativo;
- Valorização do “ethos” público, da realidade brasileira e das relações entre Estado; e
- Políticas públicas e desenvolvimento nacional.
Já no caso das provas específicas, os temas abordados devem variar de acordo com os já citados blocos temáticos. É importante frisar que a lista final com todas as disciplinas que serão cobradas no Concurso Nacional Unificado será oficializada em um segundo momento pela comissão formada pela banca organizadora.
Os detalhes do concurso
Segundo o Ministério, os salários iniciais deste concurso podem chegar até a R$ 22 mil. São pouco mais de 6,6 mil vagas para este, que está sendo conhecido como “o Enem dos Concursos”.
“É um processo de democratização do acesso para se tornar servidor público, mas também no sentido de que há uma retomada do processo de contratação para o setor, reforçando o fortalecimento do Estado brasileiro”, afirmou à coluna a ministra da Gestão, Esther Dweck.
A expectativa do concurso é oferecer vagas para áreas como:
- administração e finanças;
- infraestrutura e regulação;
- agricultura;
- meio ambiente e desenvolvimento agrário;
- educação,
- ciência,
- tecnologia e inovação;
- políticas sociais,
- justiça e saúde;
- trabalho e previdência;
- dados, tecnologia e informação pública.
Até aqui, o governo já contabiliza que oito pastas já confirmaram a entrada no CNU. Entre as pastas que já confirmaram a intenção de aderir estão:
- IBGE (ligado ao Ministério do Planejamento);
- Funai (da pasta de Povos Indígenas);
- CNPQ (da Ciência e Tecnologia);
- Ministério da Justiça;
- Ministério do Trabalho;
- Ministério da Previdência;
- Ministério da Agricultura;
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A realização dos exames está prevista para ocorrer no dia 25 de fevereiro de 2024. Logo depois desta primeira fase, o governo poderá acrescentar pontuações relativas à titulação acadêmica de cada candidato. Outros pontos como experiência profissional, apresentação de memoriais, e realização de provas práticas também poderão ser considerados.
Tais acréscimos poderão ocorrer mediante critérios dos órgãos ou mesmo por determinação legal de carreiras específicas. Uma das diferenças para as provas tradicionais, é que o CNU deverá contar com aplicações em localidades mais remotas do país, em um sistema que também será semelhante ao Enem. Mas ao contrário da disputa por uma vaga no ensino superior, os candidatos disputam vagas em órgãos do governo.
Também já é possível adiantar que o edital deste concurso público vai ser publicado no próximo dia 20 de dezembro. Abaixo, você pode conferir o cronograma da realização do CNU:
- Até 20/dez – publicação do edital do Concurso Nacional Unificado;
- Data indicativa inicial de 25/fev – realização da prova em dia único.