O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) está confirmado para ser o organizador oficial do Concurso INSS 2015, que contará com 950 vagas, sendo 800 para técnico (nível médio) e 150 para analista (nível superior). Com a escolha, os candidatos devem focar no estilo de prova da banca, segundo especialistas da área.
Em entrevista ao G1 da Globo, a analista de sistemas, Lilian Salamon, diz que vai prestar o concurso para técnico: “Agora é que vou poder direcionar melhor os estudos. Com isso vem a tranquilidade para seguir a preparação”. Ela diz que já está estudando há seis meses para o certame e com a escolha da banca diz: “É hora de fazer muitas questões para assimilar o conteúdo já estudado. Quando o edital sair, é a hora de ver as novidades e intensificar os estudos em cima delas. Caso não haja novidades, farei uma revisão da matéria e continuarei no treinamento de exercícios”, diz.
Opinião de quem entende
O professor do Universo do Concurso, Rodrigo Lelis, diz que o candidato deve seguir com a preparação e continuar estudando a teoria das disciplinas e resolver questões de provas anteriores do Cespe. “A resolução de questões anteriores da banca é um grande aliado para conhecer melhor como as questões serão propostas, o que tem sido mais cobrado nos últimos concursos que ela organizou, ou seja, quais são os conteúdos mais recorrentes, e também se ela se baseia mais na letra da lei, em jurisprudências ou em simulações de casos concretos”, assinalou.
Prepare-se: Apostilas para o Concurso INSS 2015
Rodrigo ainda frisou que a familiarização com a banca organizadora faz com que o candidato chegue mais seguro e confiante na prova, existindo menos espaço para ansiedade, nervosismo e possíveis “brancos”.
Quanto ao estilo da prova, o diretor do Concurso Virtual, Rodrigo Menezes, recomenda estudar de forma aprofundada, já que a banca organizadora costuma sair do óbvio. “Em direito, vai bem além do texto das leis, cobrando jurisprudências dos tribunais, o que exige do candidato um bom material de estudo”, informou.
Rodrigo ainda frisou que o candidato deve ter atenção: “Toda prova exige um nível de atenção elevadíssimo e com o Cespe não é diferente. Muitas vezes, uma palavra muda todo o sentido da questão, e são nessas cascas de banana que os candidatos escorregam o tempo todo. O Cespe gosta de uma linguagem mais rebuscada, e o candidato precisa se acostumar para não temer. Com o tempo de estudo, o candidato também passa a perceber onde a banca pode tentar enganá-lo, quais são os conteúdos mais cobrados, portanto, fazer exercícios e resolver questões são fatores essenciais para a aprovação”, assinalou.
Menezes ainda afirmou que o Cespe valoriza o conhecimento e a capacidade de interpretação do candidato, o que vai além de uma simples “decoreba” e apresenta as questões que devem ser julgadas, uma a uma, como certo ou errado, em que uma resposta errada anula uma resposta certa.
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O último concurso do INSS foram oferecidas 1.875 vagas, distribuídas entre 1.500 para técnico e 375 para perito médico. Os técnicos foram avaliados por 60 questões objetivas, sendo 20 de Conhecimentos Gerais (Português, Ética no Serviço Público, Noções de Informática, Noções de Direito Administrativo, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Previdenciário) e 40 de Conhecimentos Específicos.
Apesar do total de vagas autorizadas, a expectativa é que o INSS realize diversas nomeações extras, já que há uma grande carência por pessoal na autarquia. Para isso, o INSS terá que solicitar ao Ministério do Planejamento o adicional de 50% das vagas, visto que em 2011, foram 5.020 convocações, de 6.881 aprovados, ou seja, 133% além da oferta prevista em edital.