Mesmo com processos seletivos e realização de concurso IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o órgão teve grandes problemas para realização do censo demográfico.
Com a situação, o resultado ficou para abril, principalmente, devido à falta de pessoal para a pesquisa. Os dados foram informados na última quarta-feira, 25 de janeiro.
Vale lembrar que o anúncio foi realizado após as declarações do ex-presidente do IBGE, Roberto Olinto, ao jornal Folha de S.Paulo, que classificou o Censo 2022 como uma “tragédia absoluta”.
Entretanto, de acordo com o o Conselho Diretor do IBGE, as pesquisas e todo o Censo foi realizado de forma transparente. Sobre a forma de realização, disse: “ com vários mecanismos de controle, seguindo rigorosamente todas as etapas necessárias e imprimindo qualidade em todas as fases da operação”. De acordo com o órgão, mais de 184 milhões de pessoas já foram entrevistadas.
Entre os demais problemas, o motivo que mais compactuou para o atraso das informações foram a falta de pessoal, mesmo com os inúmeros editais anunciados.
Cimar Azevedo, diretor de pesquisas, disse: “Nosso maior desafio foi contratar recenseadores, planejamos contratar 180 mil e o máximo a que chegamos foi 120 mil. Depois a pandemia atrapalhou o planejamento anterior e fenômenos climáticos como chuvas contribuíram para os atrasos. Este também foi o primeiro Censo com rede social e tivemos de combater as fake news. Também tivemos problemas no pagamento dos recenseadores por não termos testado o sistema antes. Além das inúmeras Medidas Provisórias“.
É importante destacar também que foram feitos diversos acordos com secretarias municipais de saúde e universidades, principalmente com a colaboração dos agentes de saúde.
Sobre essa parceria, o IBGE disse: “Muitos desses agentes estão atuando em aglomerados subnormais, locais de difícil acesso, mas que eles já conhecem. Cabe esclarecer que esses agentes foram recrutados como recenseadores, seguindo todos os trâmites de contratação e capacitação previstos”.