Concurso da Polícia Federal: curso de tecnólogo não será mais aceito?
Há movimentações para realizar mudanças quanto à forma de ingresso, confira.
Em uma reunião recente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) com presidentes de sindicatos filiados, um tema candente foi debatido: a potencial exclusão do curso de Tecnólogo como requisito para ingresso na Polícia Federal. No entanto, este assunto gerou discussões acaloradas, suscitando divergências entre os envolvidos. Confira os detalhes a seguir!
Minuta de Proposta sobre o Curso de Tecnólogo
A controvérsia surgiu após uma minuta de proposta apresentada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, sugerindo a não aceitação de candidatos com formação em curso de Tecnólogo em concursos. Diante disso, esta iniciativa foi amplamente apoiada pelos presidentes dos sindicatos presentes na reunião, que aprovaram por unanimidade a continuidade das discussões em torno da minuta.
No entanto, é necessário ressaltar que esta minuta representa apenas um estágio inicial das negociações. Fontes sindicais alertaram que o texto passará por intensos debates internos nos próximos 30 dias, com a expectativa de que “muita coisa deve mudar” em relação à versão atual.
Consulta aos Sindicalizados
Para garantir a transparência e a participação dos policiais federais, a Fenapef decidiu realizar uma consulta direta aos sindicalizados sobre determinados aspectos da proposta de lei orgânica. Além disso, os sindicatos filiados ficarão responsáveis por repassar informações detalhadas aos associados por meio de reuniões e assembleias nos próximos dias.
Diante disso, esta abordagem inclusiva visa garantir que as vozes dos policiais federais sejam ouvidas e levadas em consideração durante o processo de tomada de decisão.
Novo Concurso da Polícia Federal
Paralelamente a esta discussão, a Polícia Federal solicitou a autorização para um novo concurso público, visando preencher um total de 2.544 vagas em diversos cargos. No entanto, as oportunidades serão distribuídas da seguinte forma:
- Agente de Polícia Federal: 1.115 vagas
- Escrivão de Polícia Federal: 364 vagas
- Delegado de Polícia Federal: 261 vagas
- Perito Criminal Federal: 57 vagas
- Papiloscopista Policial Federal: 13 vagas
- Cargos Administrativos: 789 vagas
Entretanto, as vagas para cargos administrativos serão segmentadas em nível médio (Agente Administrativo: 626 vagas) e nível superior, abrangendo uma diversidade de áreas, como Administração, Arquivologia, Serviço Social, Biblioteconomia, Contabilidade, Economia, Enfermagem, Estatística, Farmácia, Medicina, Nutrição, Psicologia, Assuntos Educacionais e Comunicação Social.
Salários e Reajustes da Polícia Federal
De acordo com a proposta em discussão, os salários iniciais para os cargos de Agente, Escrivão e Papiloscopista da Polícia Federal serão reajustados de forma escalonada até 2026. Sendo assim, a partir de agosto de 2024, a remuneração inicial será de R$ 13.900,54, passando para R$ 14.164,81 em maio de 2025 e, finalmente, atingindo R$ 14.710,10 em maio de 2026.
Portanto, para os cargos de Delegado de Polícia Federal e Perito Criminal Federal, os salários iniciais propostos são:
- Agosto/2024: R$ 26.300,00
- Maio/2025: R$ 26.800,00
- Maio/2026: R$ 27.831,70
Entretanto, esses reajustes salariais visam valorizar e atrair profissionais qualificados para as carreiras na Polícia Federal.
Próximos Passos para o Concurso da Polícia Federal
Embora a minuta tenha sido aprovada pelos presidentes dos sindicatos, é evidente que ainda há um longo caminho a percorrer antes de uma decisão final. No entanto, as discussões internas nos próximos 30 dias serão importantes para moldar o texto e garantir que as perspectivas dos policiais federais sejam devidamente consideradas.
Além disso, o projeto de lei orgânica resultante dessas negociações deverá ser encaminhado ao Senado Federal para apreciação e votação final.
Diante disso, a Polícia Federal, reconhecida por sua excelência e profissionalismo, enfrenta um momento decisivo em sua trajetória. No entanto, as deliberações sobre os requisitos educacionais e as condições de trabalho impactarão diretamente o futuro da corporação e a qualidade dos serviços prestados à sociedade brasileira.
Nesse contexto, é fundamental que todas as partes envolvidas – a Fenapef, os sindicatos, os policiais federais e as autoridades competentes – mantenham um diálogo aberto, construtivo e fundamentado em evidências, visando alcançar soluções equilibradas que atendam aos interesses da nação e dos profissionais dedicados à segurança pública.