A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) necessita urgentemente da abertura de um novo concurso público. De acordo com o diretor-geral, Guilherme Galvão, há uma defasagem muito grande de servidores no órgão, que não realiza concursos há 32 anos. A declaração foi dada em entrevista para FM Ipiaú e Ubatã.
Ao ser questionado sobre a estrutura da CEPLAC, o diretor-geral falou da atual situação da entidade. “Uma entidade que o último concurso público foi em 1987, tem 32 anos, já teve 4.500 funcionários e hoje tem 1.100. Em Brasília, por exemplo, havia 280 funcionários na direção da CEPLAC. Talvez fosse muito, mas hoje eu não tenho 40. Então eu tenho pouco mais de 10%, enquanto o resto perdeu mais de 75%. E continua o pessoal se aposentando por conta da Reforma da Previdência”, disse o diretor.
Ainda de acordo com o diretor-geral, um novo concurso é necessário para continuação das atividades do órgão. “Se não houver um novo concurso público, nós vamos ter problemas sérios para manter qualquer tipo de escritório ou tipo de pesquisa,” concluiu Guilherme.
A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atua em seis estados do Brasil: Bahia, Espírito Santo, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Sobre
A missão da CEPLAC é promover a competitividade e sustentabilidade dos segmentos agropecuário, agroflorestal e agroindustrial para o desenvolvimento das regiões produtoras de cacau, tendo o cliente como parceiro.
Criada em 20 de fevereiro de 1957, época em que a economia cacaueira atravessava uma grave crise, teve sua atuação, nos seus primórdios, centrada basicamente no apoio à cacauicultura. Desde a sua criação, a CEPLAC vem acumulando inúmeras conquistas, graças ao seu modelo de atuação integrada, onde num só Órgão, desenvolve-se atividades de pesquisa, extensão rural e ensino agrícola. Dentre estas conquistas destacam-se:
Elevação da produção nacional de cacau em 310%, comparando-se os períodos de 60/65 a 80/85;
marcador Aumento da produtividade do cacau de 220 kg/ha, em 1962, para 740 kg/ha;
marcador Geração, através do Programa de Expansão da Cacauicultura – PROCACAU, de 80.000 empregos diretos.
Atualmente, com um novo cenário em nível nacional e mundial, a CEPLAC está redirecionando a sua missão a fim de enfrentar os novos desafios. A prioridade atual consiste na recuperação da economia regional, com ênfase para o combate à “vassoura-de-bruxa”, doença que está dizimando os cacauais, deixando uma legião de mais de duzentos mil desempregados e causando danos irreparáveis à natureza; na promoção da diversificação vertical e horizontal da atividade agropecuária, com o apoio à implantação de agroindústrias e o plantio e/ou expansão de novos cultivos; e, na implementação de ações voltadas para a conservação ambiental, através de parcerias com organizações públicas e não governamentais, visando o desenvolvimento de atividades agroeconômicas sustentáveis e a preservação dos fragmentos florestais remanescentes, por estar inserida em dois dos mais estratégicos ecossistemas do Brasil – a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica.