A produção brasileira de grãos na safra 2021/22 está estimada em 271,2 milhões de toneladas, um acréscimo de quase 14,5 milhões de toneladas, quando comparada ao ciclo anterior, como aponta o 12º Levantamento da Safra de Grãos publicado nesta quinta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Principal produto cultivado, a soja teve o desenvolvimento marcado pelas altas temperaturas em importantes regiões produtoras, como as lavouras do Paraná, Santa Catarina e em parte do Mato Grosso do Sul.
Segundo destaca o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), essa condição climática adversa trouxe impacto severo nas produtividades, influenciando na queda da produção.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a quebra registrada superou 50%. Diante desse cenário, a colheita para o grão no país está estimada em 125,6 milhões de toneladas, uma redução de aproximadamente 10% em relação à safra 2020/21.
No caso do milho, houve uma recuperação na produção total com uma colheita estimada em 113,2 milhões de toneladas, o que representa um incremento de 30% quando comparado com o ciclo anterior.
De acordo com recente divulgação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), enquanto na primeira safra houve uma certa estabilidade na produção em 24,9 milhões de toneladas, devido às condições climáticas desfavoráveis principalmente nos estados do Sul, a segunda safra foi marcada por uma retomada na produção em torno de 41,8%, sendo estimada em 86,1 milhões de toneladas.
O resultado só não foi melhor devido a falta de chuvas em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Nesses estados, além da estiagem, houve registro de ataque de cigarrinhas nas lavouras, praga que também afetou a produtividade no Paraná.
Outro importante produto, o algodão teve a produtividade parcialmente afetada por estresse hídrico em algumas lavouras, enquanto que a qualidade da pluma, que tem produção estimada em 2,55 milhões de toneladas, está muito boa devido ao clima.
Em contrapartida, a falta de chuvas favorece o andamento da colheita, prevista para finalizar em setembro, destaca o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A divulgação oficial ressalta também o sorgo, que impulsionado pelos preços do milho registra uma produção recorde de 2,85 milhões de toneladas, crescimento de 36,9% em relação à safra passada.
Já os produtores de feijão enfrentaram problemas climáticos em todas as três safras da leguminosa. Ainda assim a produção está estimada em aproximadamente 3 milhões de toneladas, o que atende ao abastecimento do país.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no caso do arroz, o volume total a ser colhido é estimado em 10,8 milhões de toneladas, apresentando diminuição em relação a 2020/21, em razão de menor destinação de área para o plantio, bem como pela redução na produtividade média nacional. Ainda assim, a produção também é suficiente para a demanda do mercado interno.
É relevante acompanhar a divulgação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o setor agro de forma abrangente, visto o impacto do agronegócio na economia do país.