A decoração do jardim é chamada de “topiaria”, termo derivado do latim topiarius. Seus primórdios datam de 500 AC, nos jardins de Babel, e utilizados até hoje, em muitas cidades e residências. Por isso que hoje, indicaremos como produzir a arte da topiaria.
Muito utilizados nos jardins palacianos romanos antigos, até nos mosteiros e castelos da Idade Média e de volta durante o Renascimento, a arte era uma característica consistente em jardins formais da Inglaterra, Holanda, Itália e França.
Com a revolução dos jardins paisagísticos ingleses do século XVIII, as topiarias caíram em desuso. Os jardins tropicais de Burle Marx no Brasil também eram excomungados para os topiaristas, assim como qualquer técnica que alterasse a forma original das plantas.
No entanto, a topiaria sobreviveu, apesar de ser rotulada como uma arte antiga. Voltou aos jardins contemporâneos e minimalistas, onde as suas formas geométricas simples ou abstratas conferem um toque de modernidade aos espaços.
Desde contanto que as plantas tenham formas naturais que se assemelhem ao bonsai, elas também são bem-vindas nos jardins do Leste Europeu.
Como a nova arte da topiaria sobreviveu e se reconfigurou nos jardins?
A nova técnica de topiaria, desenvolvida pelos americanos na década de 1960, utiliza suportes recheados com trepadeiras, ervas e gramíneas, permitindo maior variedade de formas, cores e texturas para a escultura.
Esse estilo de topiaria, que se tornou popular em todo o mundo devido aos jardins de Walt Disney dos parques temáticos, é muito mais prático e rápido de executar. Mas, ainda uma forma de arte paciente e detalhada.
A técnica requer atenção aos detalhes para obter os resultados desejados. É possível realizar desenhos diferentes., mas, deve-se tomar cuidado para garantir que não haja manchas escuras ou sombreadas, pois a planta deve ficar sem luz solar direta.
Em outras palavras, nenhuma parte das bases das esculturas devem ser mais largas que seus cumes para evitar que ali se formem vazios. Assim, as formas mais fáceis e diretas de executar com perfeição são as formas cônica e espiritual.
Quais as espécies de plantas mais utilizadas para a arte da topiaria?
Para a topiaria, algumas espécies são melhores para a técnica de aproveitamento das vagens, entre elas:
- o buxinho (Buxus sempervirens);
- podocarpo (Podocarpus macrophyllus);
- tuias;
- cipreste (Cupressus coccinea);
- teixo (Taxus baccata);
- ligustro (Ligustrum sinense);
Para realizar a arte da topiaria, as plantas precisam ter as seguintes características:
- taxas de crescimento na faixa moderada;
- perenidade;
- folhas robustas (coriáceas a duráveis);
- tolerância à seca;
- folhagem naturalmente ramificada e compacta são qualidades desejáveis.
Como produzir a arte da topiaria?
A realização de cortes de vagens no início auxiliará a planta a desenvolver uma estrutura densa e tolerância ao manejo, estimulando novos crescimentos desde a base da planta.
Na hora de focar na estrutura, você pode se preocupar com os pontos mais delicados nos próximos anos. A melhor época para plantar vagens é entre o final do inverno e o início do verão.
Para não prejudicar o processo de floração, nunca deve podar os arbustos antes de terminarem de florescer.
Haverá estimulo para o crescimento devido poda do outono ou do final do verão, mas os galhos não terão tempo de endurecer antes do inverno que se aproxima. Portanto, pode realizar as colheitas de limpeza a qualquer momento removendo grãos doentes e deformados, enquanto as colheitas drásticas deve evitá-las, porque enfraquece as plantas ao ponto da morte.
A topiaria requer suprimentos muito básicos. Tudo o que você precisa é de uma tesoura curta de alta qualidade (o tipo longo e leve), um confortável cordão de couro estampado e pés de borracha que absorvem choques.
Para evitar a propagação de doenças, a tesoura deve ser mantida devidamente afixada e esterilizada entre as plantas em todos os momentos. Pode ser necessário usar martelos e um pouco de náilon para domar os galhos rebeldes.
Os suportes em uma técnica recheada são cruciais para a estrutura e deve fazer com materiais resistentes e duráveis.
Diferentemente das topiarias que utilizam apenas vagens, pode formar esculturas de plantas em áreas semi sombreadas nesta técnica de topiaria.
Das trepadeiras (heras e unha-de-gato são as mais comuns) para grãos, forragens, flores e folhas, se permite uma grande variedade de vegetação. Espumas e fibras naturais como cipós, esfagno, e fibra de coco deve usá-las para estruturar os substratos.
Conclusão
Por fim, independentemente da técnica que utilizar, deve tomar alguns cuidados básicos na seleção das espécies. É preciso que o jardineiro domine outros aspectos da jardinagem, como preparo do solo, plantio, adubação, rega, drenagem, iluminação, ventilação, controle de pragas e prevenção de doenças, além das necessidades específicas de cada espécie.