Pode até ser que exista alguém que goste de varrer, mas com certeza a maioria deve preferir ter uma ajuda na hora de fazer a faxina pela casa. Para atender essa necessidade, foi criado o robô aspirador, que pode ser o novo melhor amigo dos donos e donas de casa.
Conhecidos como robôs de serviço, essas máquinas são programadas para realizar a limpeza de ambientes residenciais sem que haja a necessidade da presença de um ser humano, ou seja, de forma autônoma. Existem diversos modelos no mercado, dos mais simples, com pouca inteligência embarcada, até opções mais completas e modelos que apresentam a possibilidade de passar pano.
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Para funcionar, essas máquinas contam com sensores e os mais simples estão posicionados ao redor do robô e normalmente são chamados bumpers. Esses sensores detectam quando o robô colide com algum obstáculo, que pode ser uma parede, cadeira ou qualquer outro objeto que atrapalhe sua movimentação, conforme explica Anderson Harayashiki Moreira, professor de Engenharia de Controle e Automação e especialista em robótica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Um segundo sensor é o de borda, posicionado na parte inferior do robô e é utilizado para detectar se o robô está se aproximando de uma escada ou região que possa resultar em queda. “Outro sensor é o encoder, presente em cada um dos motores encarregados da locomoção do robô, que também é responsável por informar não só a distância percorrida pelas rodas, mas também as regiões que foram limpas, entre outros sensores”, detalha.
Há modelos considerados mais inteligentes e altamente tecnológicos, devido à capacidade de criar um mapa do ambiente no qual está. O mapa é criado a partir da base de carregamento do robô. Alguns modelos ainda possuem a capacidade de salvar mais de um mapa. Esse recurso é importante para casas com mais de um andar, porque a mudança de um andar para outro deve ser feita manualmente.
Uma vez que o robô tenha o mapa do ambiente, conheça a distância que já percorreu e saiba quanto de bateria ainda resta, é possível definir o momento exato em que é necessário retornar à base para recarregar as baterias.
“Vale destacar que alguns desses robôs possuem dispositivos de comunicação sem fio como Bluetooth ou Wi-Fi, capazes de se comunicar não só com smartphones, mas também com assistentes inteligentes, como Alexa ou Google Assistant”, destaca Harayashiki Moreira.
No entanto, um robô aspirador não é perfeito. Apesar de ser capaz de realizar a faxina sozinho e os mais modernos até contarem com funções de agendamento de limpeza, eles podem ficar presos em espaços apertados. Além disso, também podem ser atrapalhados por objetos deixados no ambiente que acabam atrapalhando seu percurso, exigindo desvios. Modelos com câmeras capazes de reconhecer objetos prometem eliminar essa desvantagem.
Normalmente os robôs aspiradores têm poder de sucção menor, quando comparados aos aspiradores convencionais. Por isso, sua utilização é mais indicada para manter os ambientes limpos, isto é, não exclui a necessidade de realizar eventuais limpezas mais pesadas de tempos em tempos.
Uma vantagem na comparação com aspiradores é o volume de barulho que os robôs aspiradores fazem. Por ter uma potência menor, o barulho também é reduzido e menos incômodo. Obviamente, a capacidade de limpeza também é mais limitada.
Enquanto os aspiradores de pó comuns possuem uma altura média de 70 decibéis – que pode ser considerado de moderado a alto – um robô aspirador atinge, em média, 60 decibéis de ruído.
“Os robôs aspiradores não são indicados para ambientes com muitos desníveis nem com grande volume de móveis e objetos que dificultem a movimentação”, lembra o professor. “Uma atenção adicional deve ser dada se a casa tiver pets que façam as necessidades fora do local apropriado, porque a combinação disso com um robô aspirador pode ter um resultado desastroso”, alerta o especialista.