Conseguir R$ 3 mil não é uma tarefa fácil para grande maioria dos brasileiros. Em boa parte dos casos, o cidadão precisa trabalhar muito para conseguir esse dinheiro no final do mês. O que nem todo mundo sabe é que existe uma possibilidade de conseguir essa quantia vendendo moedas.
Segundo especialistas, o Brasil conta atualmente com dezenas de milhares de moedas raras em circulação. Estamos falando de peças que podem ser encontradas a qualquer momento por qualquer pessoa em um trocado no comércio, por exemplo.
Na maioria das vezes, no entanto, as pessoas não conseguem identificar essas peças valiosas, e acabam repassando os itens para outras pessoas. Por isso, caso você consiga aprender a identificar esses exemplares, certamente passará a ter mais chances de conseguir esse dinheiro.
As moedas de 1 real
Dentro do mundo da numismática, se sabe que uma moeda pode ser considerada valiosa caso seja especial. Estamos falando de peças que normalmente são lançadas pelo Banco Central (BC) com o objetivo de homenagear algum período histórico ou alguma personalidade do Brasil.
Abaixo, você pode conferir quatro exemplos claros de moedas famosas e especiais que podem ser encontradas por qualquer pessoa em um trocado no comércio. Tais informações, foram disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: inox+bronze;
- Diâmetro: 27,0 mm;
- Peso: 7,00 g;
- Espessura: 1,95 mm;
- Bordo: serrilhado interm.;
- Eixo: reverso moeda (EH);
- Circulação: de 12/09/2002 a atual;
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem.
Moeda do JK
- Desenho do Anverso: Figura de Juscelino Kubitschek e dístico CENTENÁRIO JUSCELINO KUBITSCHEK no núcleo prateado e transpassando para o anel dourado.
Moeda do BC 40
- Desenho do Anverso: Logomarca oficial para as comemorações dos 40 anos da instituição, com referência direta da perspectiva do Edifício-Sede em Brasília e a legenda BC, além das inscrições BANCO CENTRAL DO BRASIL e 1965 40 ANOS 2005.
Moeda do BC 50
- Desenho do Anverso: O prédio do Banco Central em Brasília em perspectiva, ladeado pela legenda “50 anos” e pela logomarca da autarquia
Moeda do Beija-Flor
- Desenho do Anverso: O beija-flor alimentando seus filhotes no ninho, em alusão à gravura da cédula de 1 real, lançada em 1994. No anel dourado, a legenda 25 ANOS DO REAL acima e 1994 . BRASIL . 2019 na parte de baixo.
Valores das moedas
Como dito, um simples colecionador pode conseguir juntar R$ 3 mil vendendo apenas as quatro moedas de 1 real citadas acima. Mas para que isso aconteça, é necessário que o exemplar conte com uma característica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Caso esse seja o caso da sua moeda, estes são os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados neste ano de 2024:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.