Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid divulgada pelo IBGE mostrou que, após o auxílio emergencial ser reduzido de R$ 600 para R$ 300, a pobreza no Brasil aumentou. Em agosto, quando o programa ainda pagava R$ 600 para todos, o total de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza era de 38,9 milhões, ou 18,4% da população. Para ser considerado abaixo da linha da pobreza, o cidadão deve ter renda menor que US$ 5,50 ao dia.
Em setembro, com a redução do auxílio para R$ 300, a taxa de pobreza no Brasil avançou para 19,4%, ou 41,1 milhões de brasileiros. A queda não foi tão acentuada quanto era esperado na avaliação preliminar, que indicava taxa de pobreza de 23,6% em setembro.
Entretanto, de acordo com a pesquisa, a queda não foi tão alta porque muitos brasileiros declararam na pesquisa de setembro o valor do auxílio emergencial de agosto, ainda de R$ 600 – ou de R$ 1,2 mil, no caso de mães chefes de família. Os pesquisadores acreditam que o impacto da redução do auxílio ficará mais evidente quando as pesquisas de outubro e novembro forem divulgadas.
A pesquisa também calculou o número de brasileiros com rendimento de menos de US$ 1,90 por dia, que estão na linha de extrema pobreza. Em agosto, esse grupo era de 4,8 milhões de brasileiros. Em setembro, o número foi para 5,2 milhões, representando 2,5% da população. O cálculo preliminar do Ibre estimava que o índice estaria em 5% em setembro.