O Clubhouse, uma rede social de áudios, abandonou seu sistema de convites e passou a ser uma plataforma aberta para todos os interessados. Na última quarta-feira (21/7), o aplicativo deixou a versão beta para trás e removeu sua lista de espera. A partir de agora, qualquer pessoa que baixar o app, disponível para Android e iOS, pode fazer parte da comunidade de conversas.
A desenvolvedora do aplicativo também deixou claro que os links para as salas e eventos também seguirão as mudanças. Assim, eles ficarão disponíveis para que qualquer pessoa possa acessar ou compartilhar o endereço.
Segundo a Clubhouse, os últimos meses foram de grandes desafios e crescimento para o aplicativo. A equipe cresceu de oito para 58 pessoas e o número de salas ao vivo diárias cresceu de 50 mil para 500 mil. Por fim, mais 10 milhões de pessoas passaram a fazer parte da comunidade desde quando a versão para Android foi liberada.
Além da liberação de acesso sem necessidade de convite, o aplicativo também apresentou um novo site e um novo logo (veja ao lado). Junto do anúncio, a rede social inaugurou um novo blog, onde será possível acompanhar mais novidades e informações sobre a plataforma.
O que é o Clubhouse e porque faz tanto sucesso
O Clubhouse surgiu como um aplicativo de rede social só para áudios que apenas permitia a entrada de mais pessoas convidadas por quem já fosse usuário. Além disso, também era possível deixar seu contato em uma lista de espera para entrar quando fosse possível.
A empresa adotou essa postura para controlar seu crescimento. Como a equipe de desenvolvimento era pequeno, o medo era que não fossem capazes de dar o suporte necessário à plataforma enquanto crescia.
No entanto, a medida de limitar o número de usuários deu muito certo. Quem entrava na rede se sentia privilegiado. Outra particularidade é que, até maio, o app só estava disponível para sistemas iOS, ou seja, iPhone e iPad, o que limitava ainda mais seu acesso.
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Mas o Clubhouse explodiu mesmo quando começaram a surgir usuários famosos. A entrada de Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo e CEO da fabricante de carros elétricos Tesla, aumentou as buscas pela rede social no Google em 525% em uma semana. Outros famosos também entraram na onda, como a apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, o cantor Drake e o ator Ashton Kutcher.
Como funciona
A premissa do Clubhouse é formar clubes e salas onde pessoas possam conversar por áudio. Assim, a ideia é que bate-papos ocorram ao vivo e de forma organizada. Durante uma conversa, haverá quem pode falar, chamado de “speakers”, e os “listeners”, que são os ouvintes. De certa forma, é quase como uma rede social de podcasts ao vivo.
O usuário ainda pode criar ou participar de grupos ou eventos de temas que o interessem discutir. A própria plataforma já oferece sugestões de assuntos para seguir quando o usuário cria o perfil no Clubhouse.
Caso ache uma sala de seu interesse, o usuário pode pedir para entrar nela e ouvir a discussão. Se desejar falar, ou seja, ser um “speaker”, é necessário pedir permissão para o moderador através do ícono “levantar a mão”. Quando o chat acabar, ele vai sumir da rede social. O Clubhouse não grava a sessão.
Até este mês, o Clubhouse não deixava os usuários se comunicarem diretamente entre si. Isso acabou com o lançamento do Backchannel, que permitiu aos usuários enviarem mensagens para outros perfis. De acordo com a rede social, cerca de 90 milhões de DMs foram enviadas desde o lançamento do Backchannel na semana passada.
Os ícones do Clubhouse
Outro diferencial da rede social é o ícone que adota nos smartphones. Todo o mês, a plataforma muda a foto de quem representa o app. Até esta semana, quem ilustrava o ícone era a ativista brasileira Dandara Pagu, que foi substituída pelo empresário Justin “Meezy” Williams. Ele é o gerente do 21 Savage e, segundo o Clubhouse, é um dos operadores mais proeminentes no cenário musical de Atlanta, nos Estados Unidos, e tem quase 400 mil seguidores na plataforma.