A geografia está interessada em como as pessoas e culturas se relacionam com o ambiente físico, ou seja, tem a ver com a biodiversidade. Nesse sentido, o maior ambiente do qual fazemos parte é a biosfera. Esta, por sua vez, faz parte da superfície da Terra e sua atmosfera onde existem organismos. Também foi descrito como a camada de suporte à vida que circunda a Terra.
Ademais, a biosfera em que vivemos é composta de biomas. A saber, um bioma consiste em uma grande região geográfica onde certos tipos de plantas e animais prosperam.
Cada bioma, entretanto, tem um conjunto único de condições ambientais e plantas e animais que se adaptaram a elas. Os principais biomas terrestres têm nomes como floresta tropical, pastagens, deserto, floresta decídua temperada, taiga (também chamada de floresta de coníferas ou boreal), assim como tundra.
As diferenças nesses biomas podem ser atribuídas a diferenças no clima e onde eles estão localizados em relação ao Equador. As temperaturas globais variam com o ângulo em que os raios do sol atingem as diferentes partes da superfície curva da Terra. Como os raios do sol atingem a Terra em ângulos diferentes em latitudes diferentes, nem todos os lugares da Terra recebem a mesma quantidade de luz solar. Essas diferenças na quantidade de luz solar causam diferenças de temperatura.
Biomas localizados nas latitudes elevadas (60° a 90°) mais distantes do Equador (taiga e tundra) recebem menos luz solar e têm temperaturas mais baixas. Biomas localizados em latitudes médias (30 ° a 60 °) entre os polos e o Equador (floresta decídua temperada, pastagens temperadas e desertos frios) recebem mais luz solar e têm temperaturas moderadas.
Nas baixas latitudes (0° a 23°) dos trópicos, os raios do sol atingem a Terra mais diretamente. Como resultado, os biomas aí localizados (floresta tropical, pastagem tropical e deserto quente) recebem mais luz solar e têm as temperaturas mais altas.
Outra diferença notável entre os biomas é a quantidade de precipitação. Nas baixas latitudes, o ar é quente, devido à quantidade de luz solar direta, e úmido, devido à evaporação das águas quentes do mar e das correntes oceânicas.
A umidade do solo, os nutrientes do solo e a duração da estação de crescimento também afetam os tipos de plantas que podem crescer em um local e os tipos de organismos que o bioma pode sustentar. Junto com a temperatura e a precipitação, esses são fatores que distinguem um bioma de outro. Além disso, influenciam os tipos dominantes de vegetação e animais que se adaptaram às características únicas de um bioma.
Como resultado, diferentes biomas têm diferentes tipos e quantidades de plantas e animais, que os cientistas chamam de biodiversidade. Biomas com maiores tipos ou quantidades de plantas e animais possuem alta biodiversidade.
Biomas como floresta estacional decidual temperada e pastagens têm melhores condições para o crescimento das plantas. As condições ideais para a biodiversidade incluem precipitação moderada a abundante, luz solar, calor, solo rico em nutrientes e uma longa estação de crescimento. Por causa do maior calor, luz solar e precipitação nas baixas latitudes, a floresta tropical tem maior número e tipos de plantas e animais do que qualquer outro bioma.