Cisma do Oriente: a divisão da Cristandade
O Cisma do Oriente: um resumo
O Cisma do Oriente é um evento que acontece no século XI e é responsável por separar oficialmente a Cristandade em duas partes.
O Cisma é amplamente usado pelas principais provas do país para elaborar uma série de questões de História. Dessa forma, é essencial que você domine os tópicos que se inserem dentro do Cisma do Oriente para responder qualquer questão sobre ele com tranquilidade.
O Cisma do Oriente: Definição
Cisma do Oriente é o nome dado para a divisão da Igreja Católica ocorrida em 1054, durante o período que classificamos como Alta Idade Média.
No referido ano, a Igreja Católica é oficialmente dividida em duas: a Igreja Católica Apostólica Romana, sendo o seu chefe o Papa e a sua sede em Roma, e a Igreja Ortodoxa, com o chefe sendo o Patriarca de Constantinopla.
O Cisma do Oriente: Características
Apesar de o Cisma do Oriente acontecer somente no ano de 1054, ele é uma consequência das divergências entre as práticas cristãs pregadas pelo Papa e aquelas pregadas pelo Patriarca, que ocorriam há muito tempo.
O Papa de Roma não aceitava muitas das práticas realizadas pelos fiéis de Constantinopla. Entre elas, podemos citar o monofissismo: a Igreja de Constantinopla pregava que Jesus Cristo possuía apenas uma única natureza, aquela divina, e que, dessa maneira, nunca havia sido propriamente homem. Dessa maneira, como consequência desse pensamento, os fiéis de Constantinopla não reconheciam a existência da Virgem Maria.
Além disso, os fiéis do Império Bizantino eram também iconoclastas. Isso significa que se posicionavam contra a adoração de imagens. Alguns, mais radicais, chegaram até mesmo a praticar a destruição dos ícones religiosos. Porém, como se sabe, a Igreja de Roma faz uso constante das imagens e dos ícones, e considerava essa prática de Constantinopla uma heresia.
O Cisma do Oriente: Antecedentes Históricos
Além das diferenças em seus dogmas, as duas Igrejas possuíam diferentes traços culturais, sociais, religiosos e político. Isso porque, os Impérios Romanos do Ocidente e Oriente haviam passado por distintos processos históricos. Por exemplo, enquanto o Império Romano do Ocidente havia sido invadido pelos Bárbaros, o do Oriente permaneceu com fortes características do mundo clássicos da tradição helenística.
O Cisma do Oriente: Conflitos Ideológicos
As divergências no pensamento entre as duas sedes da Igreja resultavam, muitas vezes, em conflitos sociais e políticos, uma vez que cada sede afirmava que a outra possuía pensamentos heréticos.
Com o passar os séculos, esses conflitos se intensificaram e geraram diversas crises de autoridade entre as duas sedes. Assim, no ano de 867, a Igreja Igreja de Constantinopla rompe com a Igreja de Roma e passa a não mais reconhecer sua autoridade.
Porém, o Cisma do Oriente ocorre de forma definitiva somente anos depois, quando o patriarca Miguel Cerulário é oficialmente excomungado pelo papa de Roma após pregar pensamentos considerados heréticos.
Então, Cerulário decide que a Igreja Católica deveria oficialmente se separar em duas sedes. Assim, no ano de 1054, ele excomunga também o papa de Roma e ocorre a definitiva separação do Cristianismo.
É importante ressaltar que as duas igrejas continuam separadas até os dias atuais.