A política de inovação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) visa auxiliar na promoção do desenvolvimento da cacauicultura, desburocratizando processos e inserindo a tecnologia nos processos, dentre outras ações, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Ceplac: inovação e tecnologia na cacauicultura
Em 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou o Decreto nº 10.253, segundo o qual deixou de ser atribuição da Ceplac a promoção da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER).
No entanto, a Ceplac continua apoiando a ATER de forma indireta, capacitando técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e de outras instituições de diversas esferas de governo, além de cooperativas, por meio de acordos de cooperação, destaca a divulgação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Cacauicultura: a automatização e os benefícios para o setor
Além de pesquisa e inovação, um dos focos é incentivar a automatização da indústria de cacau no pós-colheita, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo a Comissão, o Brasil é o único país que reúne a cadeia completa do cacau em seu território, desde a produção até o chocolate para consumo, passando ainda pela fabricação de cosméticos.
As fases da industrialização do cacau
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) explica que existem duas fases de industrialização: primeira, no pré-processamento, quando o fruto é colhido e aberto, as sementes são retiradas, há a extração da polpa, a fermentação das sementes, a secagem e o armazenamento das amêndoas para serem transformadas em manteiga de cacau, licor ou pó.
Logo depois, vem a indústria chocolateira que compra esses derivados e produz o chocolate, o cosmético e outros produtos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) explica que, na primeira fase, o processo é feito manualmente, o que se torna um gargalo para a produção, pois pode influenciar a qualidade do produto e a mão de obra suficiente.
Atualmente, o produtor colhe o cacau e faz a quebra do fruto. Na fermentação das sementes, é necessário ir todos os dias à fazenda tirar o fruto do cocho e colocar em outro. É neste momento que a Ceplac planeja incentivar a mecanização, enfatiza o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Expansão do cacau
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) explica que a meta é atingir a autossuficiência na produção de cacau até 2025, com 300 mil toneladas por ano, e alcançar 400 mil toneladas até 2030, o que permitirá ampliar as exportações de cacau, derivados e chocolate. Esses valores têm potencial de elevar o Brasil para a terceira posição entre os maiores produtores de cacau no mundo.
O país também mantém outro título, o de maior banco de material genético de cacau do mundo, mantido pelo Centro de Pesquisa da Ceplac. Mais de 53 mil espécies de cacau coletadas ao longo de vários anos são preservadas vivas na Estação de Recursos Genéticos do Cacau José Haroldo, em Marituba, no Pará.
Dados oficiais e principais regiões produtoras
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre as 53 mil plantas, cerca de 2,2 mil têm diferentes genótipos, 1,1 mil foram geradas a partir de semente e o restante de forma clonal, a partir de mudas formadas com pedaços de galho.
De acordo com a Ceplac, a expansão da produtividade brasileira ocorrerá nas regiões tradicionalmente produtoras: Pará e Bahia, que juntos representam 96% da produção nacional, com cultivares mais produtivas e mais resistentes à praga da monilíase.
Além disso, a expansão continuará pelas novas áreas como o bioma Cerrado; Caatinga: Bahia, Ceará e Sergipe; em Roraima, Amapá, São Paulo e Minas Gerais, detalha a divulgação oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).