De acordo com a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, os alunos do 3º ano do Ensino Médio estão como primeiros da lista para a volta às aulas presenciais nas escolas estaduais.
As instituições sofreram mudanças em suas salas de aula, que contarão com menos carteiras. O objetivo é que elas preencham somente 30% da capacidade.
Além disso, professores e servidores da Educação também devem realizar o teste para coronavírus antes desse retorno.
Assim como nos demais estados da federação, o Ceará suspendeu suas aulas no mês de março. Entretanto, dia 1º de setembro, um novo decreto estadual autorizou a retomada do ensino infantil na rede privada. Em contrapartida, ainda não há previsão para essa mesma fase do ensino nas escolas públicas.
Aulas para o ENEM no Ceará
A decisão de receber primeiramente os alunos do último ano do ensino médio se deu pensando na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
“A ideia é que voltem os alunos do 3º ano, em primeiro lugar, pelos motivos óbvios: eles estão finalizando e vão fazer o Enem. Então, o pensamento é esse: de fazer o planejamento muito bem feito, articulado com a comunidade escolar. Obedecendo, claro, as condições de onde a escola está”, explica Izolda.
Para reforçar ainda mais o ensino preparatório, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc) criou um projeto específico.
“Um programa especial de ensino para esses jovens que estão no 3º ano e que se sentiram prejudicados e precisam de um reforço nos estudos. Para, mais na frente, tentar novamente se não obtiverem sucesso no Enem e nas provas que eles tiveram interesse de fazer”, expõe Izolda Cela.
Procedimentos
Ainda de acordo com a vice-governadora, haverá um monitoramento da propagação do novo coronavírus feito com testes amostrais coordenados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
“A ideia também é termos um fluxo muito bem assinado com relação à notificação de pessoas com algum sintoma. A pessoa é imediatamente testada. E, sendo positivo, todos os que tiveram contato com ela também serão testados, para exatamente fazer um cerco contra o risco de disseminação”.
Outro ponto avaliado se refere ao perfil da comunidade escolar: cerca de 23% dos professores não poderão voltar de imediato devido à classificação no grupo de risco por doenças crônicas ou idade.
Também estão sendo feitas adaptações na infraestrutura das escolas para a oferta adequada de água, lavatórios, além da compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e totens de álcool em gel. “Toda escola está fazendo essa sinalização dos fluxos de deslocamentos, a reorganização das salas para garantir o necessário distanciamento entre os alunos, a aquisição também das máscaras para os professores e aquela proteção facial (face shield)”, afirma.