Candidatos do Concurso do Colégio Pedro II apontaram diversas irregularidades durante a aplicação das provas aplicadas no último domingo. Atrasos na publicação dos gabaritos e questões plagiadas foram algumas das reivindicações dos inscritos do certame que serviu para preencher 61 vagas. Além da reivindicação, os candidatos defendem a aplicação de uma nova avaliação, bem elaborada, com questões inéditas e seguindo as normas do edital. No último dia 20, terça-feira, cinco integrantes da comissão de candidatos, que possui 100 concorrentes, compareceram à Reitoria do Pedro II, em São Cristóvão, para cobrar uma posição do colégio a respeito das alegadas irregularidades. Entre elas estão o uso de celulares pelos fiscais, o não acompanhamento dos candidatos nas idas ao banheiro e até mesmo a repreensão àqueles que desejaram manifestar-se em ata.
Os candidatos ainda informaram que havia pelo menos nove questões de Conhecimentos Específicos da prova de assistente em administração, cargo de nível médio, literalmente copiadas de provas de concursos de outras tradicionais instituições, tais como Universidade Federal Fluminense (UFF), Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Universidade Federal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Funarte, entre outras.
“Na hora da prova, foram diversos erros. Em apenas um campus, o da Praça 11, não houve relato de problemas. Nos demais, houve muitas irregularidades. A primeira foi a ausência de detectores de metais, que consta em edital. Era proibido o uso de relógios, e os candidatos usavam, não havia acompanhamento dos concorrentes aos banheiros e algumas pessoas relataram que a identidade sequer foi conferida, com o fiscal dizendo que não era preciso. Ou seja, qualquer um podia fazer a prova para outra pessoa ali”, afirmou Paula Esteves Pinto, 36 anos, que concorreu a uma das vagas do cargo de assistente em administração e secretário executivo.
Os candidatos já estão efetuando denúncias ao Ministério Público Federal (MPF), e alguns já estão sendo convocados para apresentar-se. Procurado, o MPF não informou o número de denúncias. O pró-reitor de Gestão de Pessoas do Pedro II, Luiz Almério, recebeu uma representante da comissão, Paula Esteves Pinto, e disse que todas as queixas seriam apreciadas.
A expectativa é de um posicionamento em breve do Ministério Público Federal.