A Caixa Econômica Federal vai liberar nada menos que R$ 10 bilhões em microcrédito para brasileiros que desejam abrir ou investir em seus negócios. O objetivo do banco é oferecer microcréditos para apoiar os brasileiros após o fim do pagamento do auxílio emergencial, em dezembro deste ano.
Além de servir como um suporte pós-auxílio, a medida também é uma estratégia de crescimento do banco para os próximos anos. De acordo com a Caixa, aproximadamente 10 milhões de empreendedores serão beneficiados com pequenos empréstimos de até R$ 1.000.
O plano de crescimento da Caixa também inclui abertura de capital na bolsa americana Nasdaq e criação de banco digital, criando uma opção para os brasileiros desbancarizados. Essa linha de microcrédito para empreendedores ficará disponível no novo banco digital.
As condições do microcrédito para empreendedores, que ficará disponível após o fim do auxílio emergencial, terá valor máximo de R$ 1 mil e pagamento de três a cinco anos. A taxa de juros ainda não foi informada pela Caixa. Entretanto, o banco afirma que ela será mais acessível do que as encontradas no mercado.
A Caixa reforçou que, apesar das facilidades, o valor continua sendo um empréstimo, e não um benefício pago aos empreendedores. “O microcrédito não é auxílio. O auxílio é transferência. O microcrédito é um crédito, para aqueles que têm condição de pagar a Caixa de volta”, reforçou Pedro Guimarães, presidente do banco.
A partir de 2021, a Caixa Econômica Federal (CEF) deve disponibilizar empréstimo para os beneficiários do auxílio emergencial. Quando o benefício começou a ser pago, milhões de contas poupanças sociais digitais foram abertas pelo banco. Essas contas foram abertas em nome dos brasileiros considerados até então “invisíveis” pelo governo. Por isso, ao tomar conhecimento desse público, a Caixa vislumbrou abrir microcrédito para o grupo.
Foram abertas cerca de 33 milhões de contas digitais durante a pandemia do novo coronavírus. Muitas dessas pessoas não tinham acesso a uma conta digital até então. “O microcrédito era um projeto sobre o qual estávamos debruçados já antes da pandemia. Mas a discussão que tínhamos internamente era de que não seria economicamente possível e rentável realizar operações de empréstimo de R$ 100 ou R$ 200 utilizando nossa base de agências, nem os lotéricos”, explicou Pedro Guimarães, presidente da Caixa.
“A única maneira era via um aplicativo, o que acabamos desenvolvendo agora. Então a questão da solução via contas digitais acelerou em anos o projeto principal que tínhamos na Caixa”, continuou Guimarães.
O microcrédito deve ser lançado assim que os pagamentos do auxílio emergencial chegarem ao fim. As contas digitais que foram abertas para o programa serão mantidas. A opção deve ficar disponível ainda no primeiro trimestre de 2021.
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