A Caixa Econômica Federal está trabalhando nesse momento em uma série de novidades relacionadas a pagamentos e inserções de cartões e carteiras digitais. Nessa semana, a instituição financeira deu mais detalhes sobre o pix por aproximação, um dos assuntos que mais geram curiosidade nos consumidores brasileiros neste momento.
De acordo com o banco, a liberação do pix por aproximação para os seus clientes deverá ser feita até fevereiro de 2025. A Caixa Econômica Federal tem cerca de 154 milhões de clientes cadastrados em sua base.
“A disponibilização desta nova funcionalidade para os clientes Caixa ocorrerá até fevereiro de 2025, entretanto, a empresa está trabalhando em um conjunto de ações que buscam melhorar a experiência do cliente no uso dos serviços digitais e oferecer soluções cada vez mais completas e convenientes”, disse o banco, em nota enviada a alguns veículos de imprensa.
A Caixa Econômica Federal é responsável por boa parte das transações realizadas por pix no Brasil. No primeiro trimestre, por exemplo, 18,2% dos pix realizados em território nacional passaram por essa instituição financeira.
Como vai funcionar o Pix por aproximação
O sistema de pix por aproximação deve funcionar basicamente como ocorre hoje com o cartão de crédito por aproximação. Por esse sistema, basta o cidadão aproximar o seu celular da máquina de venda para que a transação seja concluída.
Esse sistema está sendo desenvolvido pelo Banco Central (BC), mas cada instituição financeira vai ter que se preparar para oferecer o pix por aproximação. A ideia é que o cliente do banco consiga realizar um pix sem ter necessariamente que abrir o aplicativo do banco ou digitar uma senha.
Para que esse sistema funcione, será preciso utilizar o chamado iniciador de pagamento. Trata-se de um processo em que o cliente vai autorizar a instituição financeira a movimentar os seus recursos que estão em outros bancos.
“As funcionalidades e serviços que surgirão a partir da integração entre Pix por aproximação, Iniciadora de Pagamentos, Wallet e Open Finance possibilitarão realizar pagamentos pelo celular de forma extremamente rápida, segura e simples, sem precisar de múltiplos aplicativos, diminuindo muito a quantidade de etapas e dispensando a necessidade do dinheiro físico”, afirma o banco.
O sistema do Pix, aliás, acabou de alcançar mais um recorde. De acordo com informações do Banco Central (BC), foram registradas mais de 233,1 milhões de transações com Pix no dia 5 de julho. Trata-se, portanto, de um novo recorde diário.
Antes, o volume mais alto de transações em único dia foi registrado no dia 7 de junho, quando mais de 206,8 milhões de transações foram realizadas, ainda de acordo com informações do Banco Central (BC).
Outras novidades
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Banco Central (BC) também iniciaram os debates em torno de melhorias no chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso criado justamente para facilitar as devoluções em casos de fraudes.
Os estudos em torno do tema ainda estão em fase inicial, e a tendência é que o sistema de devolução ainda vá demorar para chegar aos celulares dos brasileiros. De acordo com informações de bastidores, a projeção mais otimista é de que o sistema de devolução só estará pronto em 2026.
Hoje, a avaliação da Febraban é de que os criminosos espalham o dinheiro de golpes e crimes em várias contas diferentes. Isso dificulta a tarefa dos investigadores. A ideia é criar um sistema que aprimore esta investigação e possa identificar estes crimes mais rapidamente, o que permitiria uma devolução.
“A Febraban acredita que o MED 2.0 (nome do sistema de devolução) será um grande avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e possibilitará também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”, relatou Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.