A Petrobras divulgou uma grande notícia para os motoristas do país nesta quinta-feira (15). Após reduzir em 12,6% o preço da gasolina em maio, a companhia promoveu mais um reajuste no valor do combustível, para alegria dos motoristas.
Em resumo, a Petrobras reduziu em 4,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras. Com isso, o litro do combustível vai cair de R$ 2,78 para R$ 2,66, uma redução de 12 centavos. Esse é o menor valor da gasolina em dois anos.
A título de comparação, a Petrobras estava comercializando a gasolina a R$ 3,08 por litro no final de 2022. Isso quer dizer que o preço do combustível vai ficar 42 centavos mais barato no país em relação a 2022.
Aliás, essa redução já era esperada por parte dos motoristas, uma vez que ela tinha sido anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mês passado. Segundo ele, a Petrobras poderia reduzir novamente os preços dos combustíveis no país.
Contudo, o reajuste anunciado nesta quinta se referiu apenas à gasolina. Os demais combustíveis continuaram com os mesmos valores de antes, sem alteração. A propósito, a medida entra em vigor no país na sexta-feira (16).
Cabe salientar que essa é a segunda redução consecutiva no preço da gasolina. Antes destes reajustes, a Petrobras havia elevado em 7,5% o preço da gasolina, no dia 25 de janeiro.
A saber, os preços nos postos de combustíveis são bem mais altos que os das distribuidoras. Isso acontece porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra. Por isso, a população deve pesquisar os preços mais econômicos para não pagar mais caro do que poderiam.
Em suma, a Petrobras esclarece que a parcela da companhia no preço repassado ao consumidor será, em média, de R$ 1,94 após a redução promovida. Esse percentual se refere ao combustível que tem mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos.
“Mantidas as parcelas referentes aos demais agentes conforme a pesquisa de preços da ANP para o período de 4 a 10/06, o preço médio ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro“, disse a Petrobras, em nota.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“, acrescentou a companhia.
Por isso que os preços comercializados nas distribuidoras do país são bem maiores, justamente por causa das variáveis citadas. Para os consumidores resta procurar postos com preços mais acessíveis, já que sempre pagam mais caro para abastecerem seus veículos.
Em meados de maio, a Petrobras reduziu em 12,6% o preço da gasolina vendida para as distribuidoras. Além disso, a companhia também reduziu em 12,8% o valor do diesel e em 21,3% o preço do gás de cozinha.
Tudo isso aconteceu graças à extinção da política de preço de paridade de importação (PPI), que se baseava nas variações do petróleo e do dólar para definir os reajustes nos preços dos combustíveis.
Com a mudança na política de preços, a Petrobras também passou a considerar fatores internos, minimizando a alta volatilidade dos preços, que se baseavam apenas nas cotações internacionais do dólar e do barril de petróleo.
Essa decisão beneficiou os motoristas do país nas últimas semanas. Em síntese, os preços da gasolina caíram por quatro semanas consecutivas, aliviando o bolso dos motoristas. Entretanto, na semana passada, o combustível voltou a subir no país, e de maneira bastante significativa.
De acordo com um levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina disparou 4,03% nas bombas do país. Com isso, o combustível passou a custar R$ 5,42 nos postos, ante R$ 5,21 na semana anterior.
A elevação no preço da gasolina já era esperada pelos motoristas. Isso aconteceu devido à mudança aprovada pelo Ministério da Fazenda em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis.
Até o dia 31 de maio, os estados brasileiros determinavam qual seria a alíquota do tributo que iria incidir sobre a gasolina. No entanto, desde o dia 1º de junho, o imposto passou a cobrar uma taxa única, que não é mais em percentual, mas agora é em real. A saber, o ICMS sobre a gasolina passou a corresponder a R$ 1,22 por litro do combustível.
Essa mudança na cobrança do ICMS foi muito ruim para os consumidores, pois o preço dos combustíveis ficou mais alto nas bombas da maioria dos estados brasileiros.
Inclusive, a expectativa era que o preço da gasolina só iria cair em três estados: Alagoas, Amazonas e Piauí. Isso porque a alíquota do ICMS cobrada nestes locais superava R$ 1,22 antes da mudança no imposto, ou seja, a unificação do tributo iria reduzir o valor cobrado. Contudo, a gasolina iria ficar mais cara nas 24 UFs restantes, e os preços realmente subiram em quase todas as UFs na semana passada.