A Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou nesta quarta-feira (27/09), dados relacionados ao Índice Global de Inovação (IGI). Todavia, de acordo com o levantamento, o Brasil ganhou cinco posições e agora está em 49º lugar entre os 132 países participantes. Em relação à América Latina, ele ocupa o primeiro lugar.
A princípio, o Brasil, no ano de 2022, ocupava ainda a 54º posição no IGI. O país conseguiu se superar no quesito inovação em diversos setores, e em 2023 passou a ocupar o 49º lugar no ranking. Vale ressaltar que nos 12 anos anteriores, ele estava fora do grupo das economias mundiais com uma maior classificação no índice.
Desse modo, nos três primeiros lugares no IGI estão a Suíça, Suécia e os Estados Unidos. O Brasil, neste caso, foi um dos países que conseguiu mais avançar no índice nos últimos anos, se destacando entre as outras nações. O país possui ótimas pontuações nos indicadores relativos aos serviços governamentais online.
Analogamente, neste cenário, o Brasil ocupa a 14ª posição em todo o mundo. Já em relação à participação eletrônica, ele está em 11º lugar. As 16 startups unicórnio brasileiras tem se destacado e estão em 22º lugar. Deve-se observar que essas empresas atualmente, representam cerca de 1,9% do produto interno bruto (PIB).
Ranking em inovação
Mesmo com o Brasil subindo no ranking de inovação do IGI, sua posição ainda é considerada bem abaixo do potencial do país. Vale mencionar que no ano de 2011, ele ocupava o 47º lugar. Neste momento, ele é considerado a décima maior economia do mundo, portanto, era para estar em uma colocação melhor.
Ademais, o ranking de inovação IGI, é divulgado todos os anos pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO). Ela possui uma parceria com diversos países como no Brasil, junto à CNI, para coletar os dados e informações do seu levantamento, apresentando um cenário específico relativo à inovação.
Ranking dos 10 melhores do IGI:
- Suíça
- Suécia
- Estados Unidos
- Reino Unido
- Singapura
- Finlândia
- Holanda
- Alemanha
- Dinamarca
- Coreia do Sul
Potencial brasileiro de inovação
O presidente da CNI, Robson Andrade, diz que, “temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação. Ademais, precisamos de políticas públicas modernas e atualizadas e, para isso, o IGI tem o papel fundamental de auxiliar na compreensão dos pontos fortes e fracos do Brasil”.
Dessa maneira, ao ganhar cinco posições no ranking do IGI, indo para o 49º lugar, o Brasil passou a ser o país da América Latina mais bem colocado. De fato, no ano de 2022, o Chile ocupava a 52ª posição, acima de nosso país. Neste momento, o México vem na terceira posição, ficando em 58º lugar no índice de inovação.
Países da América Latina no IGI
49º – Brasil
52º – Chile
58º – México
63º – Uruguai
66º – Colômbia
73º – Argentina
74º – Costa Rica
76º – Peru
País inovador
No Brasil, quem fez o anúncio sobre a nova posição brasileira no IGI foi a CNI. As informações serão apresentadas no 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que neste momento está sendo realizado na São Paulo Expo. Dessa maneira, no levantamento o país obteve ótimas pontuações em vários indicadores, como já citado.
É importante salientar que o Brasil em relação às cinco nações que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ele ficou na terceira colocação, à frente da Rússia, no 51º, e da África do Sul, na 59ª posição. Em suma, a China, neste caso, está na dianteira, no 12º lugar e a Índia em seguida, na 40ª colocação.
Esse ranking de inovação é divulgado anualmente desde 2007, pela WIPO, junto ao Instituto Portulans, e com o apoio de vários parceiros internacionais. No Brasil quem apoia é a CNI, junto à Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Aliás, elas são parceiras nas divulgações dos resultados do IGI, desde o ano de 2017.
Potencial de inovação
Dessa forma, Robson Andrade diz que o Brasil possui um potencial de subir no ranking de inovação todos os anos, através de investimentos, e políticas relacionadas à ciência, tecnologia e inovação. A posição dos países no ranking se resulta de um cálculo entre insumos de inovação e resultados de inovação.
Em conclusão, os insumos se referem às condições e elementos disponívies para o fomento de atividades de inovação. Podemos citar a educação, ambiente de negócios, e recursos humanos. Já os resultados, demonstram o desempenho dos países relativos a produção de inovação, como produção científica, patentes, novos produtos, serviços e processos.