á De acordo com o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, foram abertas no Brasil 220.844 novas vagas no mês de agosto. Todavia, estes postos de trabalho apresentados no levantamento, se referem estritamente aos formais, com trabalhadores com carteira assinada.
Analogamente, convém observar que este é o oitavo saldo positivo relacionado aos empregos formais da pesquisa do Ministério do Trabalho. Vale ressaltar que esse é o maior volume de contratações desde fevereiro deste ano. No total, durante o mês de agosto de 2023, houveram cerca de 2,2 milhões de admissões e 1,88 milhões de demissões.
Ademais, com o saldo positivo no mês de agosto, de acordo com a pesquisa do Caged, o mercado de trabalho no país apresentou 1.388.062 novas contratações com carteira assinada desde o início de 2023. No acumulado do ano, foram ao todo, 15.684.701 contratações e cerca de 12.549.894 rescisões de contrato de trabalho.
Desse modo, no mês de agosto deste ano, o Caged contabilizou um total de 43.832.487 cargos formais, com carteira assinada, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em todo território nacional. Deve-se observar que na comparação com o mês de abril de 2023, houve um aumento de 0,5% no total.
Empregos no Brasil
A princípio, mesmo com os números positivos apresentados no Caged, é necessário salientar que na comparação com o mesmo período de 2022, houve uma queda expressiva, de cerca de 23%. Em agosto do ano passado, de acordo com o levantamento, criram-se 288.09 mil empregos formais em todo o país.
No ano de 2020, durante a pandemia de covid-19, no mês de agosto, o país contabilizou a criação de 214.5 mil postos de trabalho com carteira assinada. No mesmo mês, em 2021, foram abertas 387.76 mil vagas formais. Deve-se dizer que não é possível comparar com anos anteriores, visto que houve uma mudança de metodologia.
Segundo o levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego, nos oito primeiros meses de 2023, foram criados 1.38 milhões de empregos com carteira assinada em todo o país. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma queda exponencial nas estimativas, com o índice batendo a casa dos 27%.
De fato, nos oito primeiros meses de 2022, foram criados 1.9 milhões de empregos formais. Como falado anteriormente, no final de agosto deste ano, o país apresentou um saldo de 43.83 milhões de trabalhadores formais. Houve um aumento na comparação com julho (43.61 milhões) e com agosto de 2022, (42.33 milhões).
Setores da economia nacional
Em síntese, em relação ao setor de serviços, houve a criação no mês de agosto 114.439 vagas de trabalho. Na indústria abriram-se 31.086 novas vagas. A construção contratou cerca de 28.359 trabalhadores com carteira assinada. No setor de comércio, foram 41.843 novas vagas, e na agropecuária, 5.126 ao todo.
O Caged também apresentou informações sobre a criação de empregos nas regiões do país, no mês de agosto. No Sudeste foram 100.006 novas vagas de emprego. Já no Nordeste houve a criação de 63.774 novos postos de trabalho. No Sul houve a abertura de 22.931 novos empregos. No Centro-oeste, 17.877 e no Norte, 17.852.
Média salarial de admissão
O levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego também apresentou informações sobre a média salarial de admissão no país. Em suma, no mês de agosto de 2023, ela ficou em cerca de R$2.037,90. Ao descontar a inflação, houve uma alta real em relação ao mês de julho deste ano, que ficou em R$2.036,63 no total.
Na comparação com o mês de agosto de 2022, o salário médio de admissão também apresentou uma alta. No período, seu valor estava na casa dos R$2.028,94. As informações presentes no Caged sempre refletem o número de admissões e desligamentos dos trabalhadores formais, com carteira assinada de todo o país.
Aliás, os números apresentados pelo Caged sobre os empregos, se diferem das estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). O Caged coleta seus dados diretamente junto às empresas do setor privado, em todo o país, diferentemente da Pnad.
Em conclusão, o instituto coleta as informações da Pnad através de uma pesquisa domiciliar e também considera o setor informal da economia do país. De acordo com o levantamento do IBGE, no trimestre móvel terminado no mês de agosto, a taxa de desemprego em todo o Brasil ficou em cerca de 7,8%.