BPC/LOAS: Governo vai convocar beneficiários para recadastramento ainda este ano
O benefício é destinado a idosos em situação de carência com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência que tenham baixa renda.
Diante do aumento substancial dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) e da concessão acelerada desses benefícios, o governo federal está se preparando para implementar um amplo processo de recadastramento.
Essa iniciativa visa verificar se os beneficiários ainda atendem aos critérios de elegibilidade estabelecidos pela legislação vigente.
Cronograma e Regras em Elaboração
Segundo informações oficiais, a equipe econômica do governo planeja dar início a esse processo de revisão em setembro deste ano. Atualmente, um decreto que detalha o calendário e as regras específicas da medida está sendo cuidadosamente elaborado.
Entendendo o BPC/Loas
O BPC/Loas é um benefício no valor de um salário mínimo mensal, atualmente R$ 1.412, concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a dois grupos distintos: idosos carentes a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda, independentemente da idade. No entanto, é importante ressaltar que esse benefício não inclui o direito ao 13º salário.
Para ser elegível ao recebimento do BPC/Loas, a renda per capita do grupo familiar do requerente deve ser igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo vigente, ou seja, R$ 353.
Fundamentação Legal e Precedentes
A legislação que rege o BPC/Loas prevê a possibilidade de revisão periódica dos cadastros, a fim de verificar se as condições que deram origem ao benefício permanecem válidas. No entanto, essa prática não é comum, tendo ocorrido pela última vez durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2008 e 2009.
Medidas Adicionais Previstas do BPC/Loas
Além do recadastramento, o governo federal também prepara um decreto com medidas adicionais destinadas a tornar mais rigorosa a concessão e a manutenção do BPC/Loas. Uma dessas medidas é a exigência de biometria dos pais para pedidos relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), condição que pode conferir direito ao benefício nos casos graves.
Envolvimento de Estados e Municípios
A implementação dessas medidas demandará a colaboração do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e do Ministério da Previdência Social (MPS), além do envolvimento direto dos estados e, principalmente, das prefeituras municipais.
Isso porque os beneficiários terão que apresentar toda a documentação necessária nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de seus municípios, cujos dados alimentam o Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Processo de Avaliação Atual
Atualmente, para ter acesso ao BPC/Loas, os requerentes passam por perícias médicas e avaliações sociais. Além disso, a condição financeira da família é analisada, considerando-se uma renda per capita de até 1/4 do salário mínimo ou até 1/2 do salário mínimo em casos mais específicos, como a necessidade de cuidadores, uso de fraldas e medicamentos.
Publicação Iminente do Decreto
Conforme as informações divulgadas, o decreto que oficializará as novas medidas de fiscalização do BPC/Loas será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União. Essas medidas foram definidas em uma reunião recente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual estiveram presentes representantes do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
Aumento Expressivo dos Gastos e Concessões do BPC/Loas
Os dados oficiais revelam um aumento significativo das despesas com o BPC/Loas e das concessões desse benefício no segundo semestre de 2022. Segundo o INSS, o gasto com o auxílio no primeiro semestre de 2024 atingiu R$ 44,076 bilhões, um aumento de 19,8% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de concessões do benefício registrou um salto de 40% no período, passando de 786.087 em 2023 para 1,105 milhão nos primeiros seis meses de 2024.
Impacto Orçamentário e Bloqueio de Recursos
O crescimento acentuado dos gastos com o BPC/Loas e com benefícios previdenciários obrigou o governo a realizar um bloqueio de R$ 11,3 bilhões no Orçamento de 2024, a fim de evitar o descumprimento das regras fiscais. Segundo técnicos da equipe econômica, esse congelamento de recursos pode chegar a R$ 15 bilhões e afetar toda a administração pública federal. Os detalhes completos serão divulgados até o final deste mês.
Suspeitas de Fraudes e Necessidade de Fiscalização
Especialistas da área econômica avaliam que o índice de fraudes relacionadas ao BPC/Loas pode alcançar 30%. Essa estimativa reforça a necessidade de medidas rigorosas de fiscalização e revisão dos cadastros, a fim de garantir a integridade do programa e a destinação adequada dos recursos públicos.
Ademais, o anúncio do governo federal sobre o recadastramento e as novas medidas de fiscalização do BPC/Loas reflete a preocupação em manter a sustentabilidade desse importante benefício social. Ao mesmo tempo, essas ações visam combater eventuais irregularidades e garantir que os recursos sejam destinados àqueles que realmente atendem aos critérios estabelecidos pela legislação vigente.
A implementação bem-sucedida dessas medidas exigirá a colaboração de diversas esferas governamentais, bem como a participação ativa dos beneficiários. Será fundamental assegurar um processo transparente e justo, respeitando os direitos dos cidadãos e preservando a integridade do sistema de assistência social brasileiro.
Pois é. Também fazer varredura debaixo dos tapetes do Planalto em Brasília.
E não ficar perseguindo pobres. Que além de pobres, nasceram com deficiência. Principalmente a deficiência mental. Sem nenhuma oportunidade ou chance de boas mudanças. Principalmente financeira.
Infelizmente não adianta denunciar ,pois dizem que isso é assunto de Brasília!
E quando a pessoa tem casas alugadas, marido trabalha e a pessoa mente fingindo demência?
Aumento de laudos e deficientes pobres com o benefício concedido:
O que o governo deveria fazer: estudar questão de saúde pública e aumento da pobreza.
O que o governo faz: cortar 1 salário mínimo do deficiente pobre.
Ou seja, estado gordo e população magra.
Nada que um chá de bala não resolva a atual administração Nacional.