Bolsonaro veta perdão às dívidas das igrejas e recomenda que anulem seu veto
Presidente vetou o perdão às dívidas milionárias das igrejas, mas recomendou que Congresso anule sua decisão
Jair Bolsonaro (sem partido) é o primeiro presidente do Brasil a recomendar publicamente que seus aliados derrubem a sua decisão. O presidente vetou parte da anistia que havia sido aprovada pelo Congresso às dívidas que igrejas precisam pagar. Se pagas, as dívidas da igreja poderiam chegar a R$ 1 bilhão, que seria pago aos cofres públicos.
Bolsonaro vetou a decisão do Congresso porque considera que ela “apresentada obstáculo jurídico incontornável”. Ou seja, o presidente considerou que, se sancionasse o perdão às dívidas das igrejas, poderia ser acusado de crime de responsabilidade. E, por isso, recomendou que sua decisão seja derrubada e que o Congresso mantenha o perdão às dívidas milionárias das igrejas.
“Confesso. Caso fosse deputado ou senador, por ocasião da análise do veto que deve ocorrer até outubro, votaria pela derrubada do mesmo”, escreveu Bolsonaro em sua conta oficial no Twitter. Com essa declaração, Bolsonaro se tornou o primeiro presidente a recomendar publicamente que o Congresso derrube sua decisão. Até então, havia a orientação para que aliados votassem contra projetos propostos por presidentes do Brasil, mas feito de forma discreta.
Também com a declaração, o presidente também cria uma forma de não ficar em maus termos com a bancada evangélica, que vinha o pressionando para não vetar.