O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez mais uma de suas habituais lives semanais. O presidente falou sobre o auxílio emergencial e repetiu que ele não será prorrogado novamente após o fim de 2020.
Bolsonaro pediu que os brasileiros peçam auxílio para governadores e prefeitos que defenderam o isolamento social e medidas de restrição recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que foram seguidas no restante do mundo.
“Se não trabalhar, não come, não é isso? A gente lamenta, eram três meses, nós prorrogamos para mais dois, cinco meses, e agora acabou. Criamos um outro auxílio emergencial, não mais de R$ 600, mas de R$ 300. Não é porque quero pagar menos não. É porque o Brasil não tem como se endividar mais”, afirmou o presidente.
“Não vai ter uma nova prorrogação porque o endividamento cresce muito, o Brasil perde muito, perde confiança, juros podem crescer, pode voltar a inflação. E a gente, eu não quero culpar ninguém não, mas vão pedir auxílio para quem tirou seu emprego, para quem falou ‘fique em casa’. O Brasil todo parou. ‘Fique em casa, a economia a gente vê depois’. Chegou o boleto para pagar a conta aí”, continuou Bolsonaro.
Bolsonaro também repetiu que o Renda Brasil irá substituir o Bolsa Família e que sua equipe econômica sugeriu a extinção do seguro-defeso, mas ele não aceitou a ideia. Ainda não foi definido de onde sairá os recursos que custeará o novo programa.
Auxílio prorrogado até dezembro
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio será oficializada por meio de medida provisória e terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.
“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro.
Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.
O presidente Jair Bolsonaro já havia informado sobre a redução do valor do benefício e argumenta que, se o valo pode parecer pouco para os brasileiros afetados pela pandemia, “é muito para quem paga, no caso, o Brasil”.
De acordo com cálculos feitos pela equipe econômica, o custo mensal do benefício foi de R$ 50 bilhões por mês durante a primeira fase do programa.
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