Na última quarta-feira, 04 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro negou que vai privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A declaração veio após especulações de que a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria estudando tal ato.
Em entrevista ao Globo, Paulo Guedes disse que uma privatização particularmente poderia render R$250 bilhões. O ministro, no entanto, não especificou a estatal que se referia.
Por outro lado, duas empresas públicas, conforme informou O Globo, com ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam potencial para superar o valor citado pelo ministro, sendo elas: Banco do Brasil e Petrobras. No entanto, o desafio do Ministério de Paulo Guedes seria convencer o presidente de vender a estatal.
A venda da Petrobras e da Caixa Econômica não seria bem aceita pelo Congresso. Por conta disso, por ter um menor apelo pela estatização, é possível que o ministro esteja estudando uma forma de privatizar o Banco do Brasil. No entanto, as informações foram negadas pelo governo nesta terça-feira, 03 de dezembro.
Nesta quarta (04), o presidente falou sobre as especulações.
“Servidor de terceiro escalão fala aquilo, eu não tenho nada a ver com isso. Eu não tenho como controlar centenas de milhares de servidores no Brasil. Da minha parte, não existe qualquer intenção de pensar em privatizar Banco do Brasil ou Caixa Econômica. Zero”, disse Bolsonaro aos jornalistas na entrada do Palácio do Alvorada, residência oficial.
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Governo já havia negado privatização
Em entrevista à CBN em outubro, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou que a Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil não estão com a privatização em pauta. Segundo Mattar, elas ficarão fora da lista pelo ‘forte clamor’ para que se mantenham estatais.
“Efetivamente, todas as empresas devem ser vendidas, com exceção das que o presidente, o Congresso e a sociedade julgarem por bem permanecer. E dou o exemplo da Petrobras, da Caixa e do Banco do Brasil. Existe hoje um clamor para que essas empresas continuem estatais”, disse o secretário na ocasião.
Em maio, o presidente Pedro Guimarães já havia afirmado que a Caixa Econômica Federa (CEF) não seria privatizada. A declaração veio ao jornal Estado de S. Paulo após falsas informações terem sido publicadas nas redes sociais. “A Caixa não será privatizada na atual gestão do presidente”, garantiu Guimarães.
Desde janeiro, quando assumiu o comando do banco, Guimarães tem reafirmado que a venda da Caixa está fora dos planos e que sua gestão tem trabalhado para reforçar a governança e os pilares da empresa.