Bolsonaro diz que oposição não deu auxílio de R$ 600 quando era Governo
O Presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre os valores do novo Auxílio Emergencial em sua tradicional live no facebook. Nesta quinta-feira (6), ele disse que a mesma oposição que pede que o benefício suba para R$ 600 não pagava esse valor quando estava no Governo Federal.
O Presidente disse isso ao lado do Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que concordou com Bolsonaro. “O volume de benefícios que o Governo liberou na sua administração com Bolsa Família e Auxílio Emergencial foi maior do que o volume que os governos anteriores liberaram entre 2004 e 2018”, disse Guimarães.
“Então quem fala que, vai prometer durante uma campanha R$ 600 de Auxílio Emergencial, por que que não deu um polpudo Auxílio ou Bolsa Família lá atrás?”, questionou Bolsonaro durante a live. Ele disse ainda que só no ano passado o Governo pagou “mais dinheiro do que os oito anos do Governo Lula”.
Essa fala de Bolsonaro acontece no exato momento em que o próprio Lula está fazendo uma espécie de viagem de negócios em Brasília. O ex-presidente realizou diversas reuniões com representantes do Congresso e até com embaixadores de outros países.
Na pauta dessas reuniões está o valor do Auxílio Emergencial. De acordo com as informações de bastidores, o petista quer costurar uma rede de apoio para consolidar um projeto que pague R$ 600 para os brasileiros. No entanto, não há indícios de que a ideia possa ir para frente.
Valor do Auxílio
De acordo com informações do próprio Governo Federal, o novo Auxílio Emergencial está pagando valores bem menores do que aqueles que vimos no ano passado. Em 2020, o Planalto chegou a liberar valores que chegavam até a R$ 1200 para as mães solteiras.
Nessa nova versão do programa, o valor mensal máximo é de R$ 375, também para as mães solteiras. Além desse valor, o novo Auxilio está pagando parcelas de R$ 250 e de R$ 150. Esse valor de R$ 150, aliás, é o mais baixo do Auxílio, e é o que a maioria dos informais está recebendo neste momento.
Ainda de acordo com o Governo Federal, a ideia é fazer esses pagamentos em quatro parcelas. Como eles repassaram a primeira parte durante todo o mês de abril, agora resta portanto o pagamento dos próximos três meses. Eles querem acabar com os repasses por volta do mês de agosto ou setembro.
Teto de gastos
Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), esse auxílio não é suficiente para pagar uma cesta básica simples nas principais cidades do país. Mesmo esse valor mais alto de R$ 375 é insuficiente para comprar esses alimentos em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Isso porque nesses locais a cesta costuma passar dos R$ 600 em média.
O Governo Federal vem adotando uma postura de reconhecer que os valores do novo benefício são baixos. No entanto, o Presidente Jair Bolsonaro diz que as pessoas não podem usar esse dinheiro como uma renda completa, e sim como um complemento de renda.
De acordo com informações da própria PEC Emergencial, o Governo Federal tem R$ 44 bilhões para fazer todos os pagamentos do novo Auxílio Emergencial. Informações do próprio Ministério da Cidadania dão conta de que o Planalto gastou R$ 8 bilhões até aqui.
O PT não respondeu as críticas de Bolsonaro na live da quinta (6).