Economia

Bolsonaro confirma pagamento do auxílio de R$400 para 750 mil pessoas

O Presidente Jair Bolsonaro anunciou o pagamento de mais um auxílio. O projeto é realizar pagamentos no valor de R$ 400 mensais para caminhoneiros do país. No momento da declaração, Bolsonaro disse que entende que esse valor não é o ideal, mas seria o possível agora.

“O que está decidido até o momento? R$ 400. R$ 400 para 750 mil caminhoneiros autônomos. Isso é muito, isso é pouco? É o possível no momento. Isso dá um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano, um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano. Dentro do orçamento”, disse ele.

De acordo com as confederações que representam os caminhoneiros, o valor a ser pago é pouco. Por meio de notas, muitos declararam que a medida de Bolsonaro seria simplesmente eleitoreira. Eles seguem defendendo que o Presidente mude mesmo a política de preços da Petrobras, algo que ele já adiantou que não vai fazer.

“Queremos estabilidade dos preços dos combustíveis, um fundo de colchão para amenizar volatilidade, mudança na política de preços da Petrobras, aposentadoria especial a partir dos vinte e cinco anos de contribuição e acima de tudo, queremos respeito”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim.

Apesar de dizerem que é pouco, o fato mesmo é que esse é um valor maior do que qualquer patamar do Auxílio Emergencial deste ano. De acordo com o Ministério da Economia, a atual versão do projeto está atendendo cerca de 35 milhões de pessoas, com montantes que variam entre R$ 150 a R$ 375 dependendo do público que recebe.

Auxílio Emergencial ainda pode ser prorrogado em 2021

Com a confirmação do Auxílio Brasil, o Governo Federal decretou o fim do Auxílio Emergencial. Entretanto, na reunião desta quinta-feira (28), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, indicou uma nova prorrogação para o programa emergencial caso a PEC dos precatórios não seja aprovada.

PEC dos Precatórios

De acordo com informações de bastidores, a PEC dos Precatórios tem causado tensão entre os parlamentares. Embora a votação da proposta tenha sido adiada duas vezes, o ministro Ciro Nogueira afirmou que mesmo sendo aprovada  manterá os pagamentos de R$ 400 as famílias de baixa renda.

Ademais, durante uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e líderes de partidos políticos, o chefe da casa dos deputados sugeriu liberar uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial, mesmo sem espaço fiscal previsto pela PEC.

Nesta semana, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, utilizou suas redes sociais para ressaltar a importância da aprovação da PEC do Precatórios para o Governo Federal.

“Será votada (a PEC) na próxima quarta-feira presencialmente. Mobilizamos os parlamentares para estar em Brasília. Esta é a solução. Prorrogação de auxílio emergencial ou decreto de calamidade são meras especulações. Temos votos e vamos aprovar”, disse Ricardo Barros.

Votação pode ser adiada novamente

Mesmo que o líder do governo na Câmara tenha informado que a votação da PEC dos Precatórios ocorreria na próxima quarta-feira, outros representantes disseram que a votação na semana que vem será bem difícil de acontecer.

Isso porque, com o feriado na terça-feira (2), a assiduidade dos parlamentares irá diminuir, por não estarem em Brasília (DF). Outra questão se refere a dificuldade no entendimento do texto da proposta.

Por fim, para que a PEC seja aprovada, serão necessários ao menos 308 votos favoráveis dos 513 votos possíveis