O Presidente Jair Bolsonaro anunciou na última semana a criação de mais um auxílio. Desta vez, a ideia é fazer pagamentos de R$ 400 mensais para caminhoneiros do país. No momento da declaração, o chefe de estado disse que entende que esse valor não é o ideal, mas seria o possível agora.
“O que está decidido até o momento? R$ 400. R$ 400 para 750 mil caminhoneiros autônomos. Isso é muito, isso é pouco? É o possível no momento. Isso dá um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano, um pouco mais de R$ 3 bilhões ao longo de um ano. Dentro do orçamento”, disse ele.
Para a grande maioria das confederações que representam os caminhoneiros, esse valor é pouco. Por meio de notas, muitos declararam que a medida de Bolsonaro seria simplesmente eleitoreira. Eles seguem defendendo que o Presidente mude mesmo a política de preços da Petrobras, algo que ele já adiantou que não vai fazer.
“Queremos estabilidade dos preços dos combustíveis, um fundo de colchão para amenizar volatilidade, mudança na política de preços da Petrobras, aposentadoria especial a partir dos vinte e cinco anos de contribuição e acima de tudo, queremos respeito”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim.
Apesar de dizerem que é pouco, o fato mesmo é que esse é um valor maior do que qualquer patamar do Auxílio Emergencial deste ano. De acordo com o Ministério da Economia, a atual versão do projeto está atendendo cerca de 35 milhões de pessoas, com montantes que variam entre R$ 150 a R$ 375 dependendo do público que recebe.
E o Auxílio Emergencial?
Enquanto se prepara para pagar o novo benefício para os caminhoneiros, o Governo Federal anunciou que vai acabar com o Auxílio Emergencial. O programa em questão deverá chegar ao fim dentro de mais alguns dias.
De acordo com o calendário oficial do benefício, nesta segunda-feira (25), os usuários do Bolsa Família que tenham o Número de Inscrição Social (NIS) terminando em 6 podem pegar o dinheiro da 7ª parcela do projeto.
Ainda no decorrer desta semana, outros grupos deverão receber a quantia deste ciclo. Em entrevista na última semana, o Ministro da Cidadania, João Roma, confirmou que esses são oficialmente os últimos repasses do projeto em questão.
Cerca de 25 milhões
Na última semana, aliás, o Ministro tinha dito que caso o Auxílio não passasse por essa prorrogação, muita gente ia acabar ficando sem nenhum tipo de ajuda. Ele até deu um número e revelou que essa manobra pode acabar atingindo cerca de 25 milhões de pessoas.
Quando disse isso, Roma garantiu que o Governo Federal estaria fazendo de tudo para ajudar essas pessoas que devem perder os seus benefícios. Só que pelo menos até a publicação desta matéria nada foi anunciado oficialmente.
A não prorrogação do Auxílio Emergencial acabou sendo vista por muita gente como uma derrota do Ministro João Roma. Ele era, portanto, uma das pessoas que estavam defendendo essa medida dentro do Palácio do Planalto.