Economia

Bolsonaro cogita troca do comando do Banco do Brasil

Com o anúncio de reestruturação e demissões pelo Banco do Brasil,  Bolsonaro estaria cogitando a substituição de André Brandão, atual presidente da instituição financeira. A alegação seria que Bolsonaro não estaria confortável com os “efeitos políticos” gerados pela gestão atual.

As informações são do blog de Andréia Sadi, que cobre os bastidores de política pela Globo. Bolsonaro estaria, inclusive, já em conversa com o ministro Paulo Guedes. O ministro por outro lado elogia Brandão.

Brandão assumiu a previdência em setembro de 2020, no lugar de Rubem Novaes – que saiu do cargo também devido a desgastes com o governo federal.

A escolha de Bandrão para instituição financeira veio de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Antes ele atuava como executivo no banco HSBC.

Nos bastidores do governo haveria uma pressão para a queda de Brandão. Bolsonaro estaria irritado com a decisão de fechamento de agências do Banco do Brasil e consequentemente demissão de funcionários. A medida faz parte do projeto de restruturação do banco, mas o desgaste político, em uma ano de véspera de eleição,  preocupa ainda mais o atual presidente do Brasil.

O blog também revelou que Bolsonaro não se animou com a indicação de Brandão desde o início, mas aceitou em respeito a Guedes e Campos Neto..

Assessores do governo ainda teriam dito que o atual presidente do Banco do Brasil tem boa repercussão no mercado, mas teria deixado de lado o impacto político que sua decisão poderia causar.

Entenda a restruturação do Banco do Brasil

O anúncio da reorganização administrativa foi feito nesta segunda-feira (11). Na ocasião foram divulgados pelo próprio Banco do Brasil o fechamento de 361 unidades, o que levaria a um número total de demissão de 5 mil funcionários. As medidas foram publicadas em fato relevante. Eis a íntegra. 

De acordo com o BB, a economia líquida anual estimada,  com despesas administrativas gerada por estes movimentos será de  R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

“Foram aprovadas ainda, duas modalidades de desligamento incentivado voluntário aos
funcionários: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), a fim de otimizar a distribuição da força de
trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas Unidades do banco, e o Programa de
Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. Os Programas possuem regulamentos específicos que estabelecem as regras para adesão”, diz o documento que anuncia o fechamento das agências.