Bolsonaro afirma que governador que fechar estado deve bancar auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou ontem que o auxílio emergencial será pago durante alguns meses. Recentemente, o presidente havia cogitado o retorno do programa por mais quatro meses, com pagamento de parcelas de R$ 250. Mas ele afirmou que os governadores brasileiros que colocarem em prática medidas de lockdown terão que bancar o auxílio. Atualmente, o país vive em um cenário de aumento de casos e mortes por covid-19.
“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar o seu Estado, que destrói o seu Estado, ele que deve bancar o auxílio emergencial”, afirmou o presidente em discurso durante solenidade de entrega de unidades habitacionais no Ceará. “Não pode continuar fazendo política e jogando no colo do presidente da República essa responsabilidade”.
O presidente já havia falado sobre o retorno do programa durante transmissão pelas redes sociais. Anteriormente, ele também já havia afirmado que os brasileiros deveriam cobrar o auxílio emergencial dos gestores regionais. Agora, o auxílio deve ser retomado em março.
Também ontem, pela manhã, Bolsonaro já havia criticado as medidas de isolamento social impostas por governadores e prefeitos para diminuir a propagação do novo coronavírus pelo país. O Brasil enfrenta o pior momento da pandemia.
As novas declarações de Bolsonaro aconteceram um dia após o Brasil atingir a marca de 250 mil mortes por Covid-19, com 1.541 mortes registradas apenas na última quinta-feira. Com leitos de UTI atingindo o limite, governadores começaram a impor medidas de restrição de circulação de pessoas para tentar conter o avanço da pandemia.