O Governo Federal continua inserindo milhares de pessoas na folha de pagamento do Bolsa Família. Em setembro, o maior programa de transferência de renda do país incluiu 550 mil novas famílias no cadastro de segurados do benefício.
Com o acréscimo do número de setembro, o Bolsa Família totaliza a inclusão de 2,15 milhões de famílias em seus repasses desde março deste ano, quando o programa foi relançado pelo governo Lula. No total, 21,47 milhões de famílias estão sendo beneficiadas com o pagamento da parcela de setembro no país.
De acordo com o Governo Federal, o valor médio do programa assistencial chegou a R$ 686,89 no país. O valor é levemente superior às médias de julho (R$ 684,17) e agosto (R$ 686,04), mas ainda abaixo do recorde registrado em junho (R$ 705,40).
Aliás, junho teve o maior valor já pago na história do Bolsa Família, figurando como o primeiro e único mês a repassar uma parcela média de mais de R$ 700 aos segurados. Embora os valores de julho, agosto e setembro tenham sido menores, ainda foram bastante expressivos para os beneficiários do programa.
Além disso, vale destacar que todos estes valores médios superam a parcela mínima de R$ 600 garantida pelo Bolsa Família. Em outras palavras, os segurados irão receber, em média, um valor mais alto que o mínimo estabelecido.
Em setembro, o investimento total realizado pelo governo federal para o pagamento do Bolsa Família foi de R$ 14,58 bilhões. O valor é destinado às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social e econômica.
O pagamento da parcela de setembro do programa social teve início na última segunda-feira (18), conforme o calendário do Governo Federal. Os repasses acontecem de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários.
As famílias beneficiárias do programa recebem o valor através da Caixa Econômica Federal, nas agências do banco ou pelo aplicativo Caixa Tem.
Veja abaixo o calendário de pagamentos do Bolsa Família de setembro de 2023:
Vale destacar que o calendário de pagamentos do programa distribui os repasses nos últimos dias úteis de cada mês. Como os repasses seguem a numeração final do NIS, os pagamentos ocorrem durante dez dias, começando com a numeração 1 e se encerrando no número 0.
A propósito, é o NIS que permite ao Governo Federal identificar os cidadãos que recebem benefícios sociais no país. Como os repasses acontecem conforme o último dígito do NIS, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil todos os meses.
De acordo com o governo federal, o valor médio do Bolsa Família caiu em relação a junho devido à Regra de Proteção. Em síntese, a medida permite que os beneficiários que tenham uma renda mensal maior que R$ 218 por pessoa da família, valor limite para receber o benefício, continuem na folha de pagamento do auxílio.
No entanto, o governo passa a pagar apenas 50% do valor da parcela que os usuários tinham direito anteriormente. Os repasses acontecem por dois anos para que os segurados possam equilibrar as finanças e se preparar para o futuro sem o Bolsa Família. Após esse período, o benefício é cancelado.
Em setembro, dois milhões de beneficiários estão nesta regra, recebendo 50% do valor. Aliás, o governo garante o retorno da família ao programa social caso tenha perdido a renda ou tenha pedido para sair do programa. A saber, a Regra de Proteção também garante o pagamento dos benefícios adicionais para crianças, adolescentes e gestantes.
Por falar em benefícios adicionais, os segurados do Bolsa Família podem receber uma parcela bem maior que o valor mínimo de R$ 600. Inclusive, isso está acontecendo com mais frequência nos últimos meses, pois o Governo Federal começou a pagar benefícios adicionais para os segurados.
Veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família:
Uma família composta por dois adultos e três crianças, com 2, 4 e 6 anos, terá direito à parcela mínima de R$ 600, acrescida de R$ 150 por cada criança de até seis anos (R$ 150 x 3 = R$ 450). Assim, o valor do benefício será de R$ 1.050 no mês (R$ 600 + R$ 450 = R$ 1.050).
Inclusive, o valor pode ser ainda maior, caso haja mais indivíduos que tenham direito a mais benefícios, como gestantes ou crianças e jovens com idade entre sete e 18 anos.