O Bolsa Família ficou com um valor mínimo de R$ 600 por família neste ano de 2023. No entanto, devido aos pagamentos adicionais, o benefício chegou a R$ 672,45 na média por família em maio, segundo dados do Governo Federal. Sendo assim, este é o maior valor pago pelo programa social na história.
Além disso, o maior valor médio atingido previamente havia sido registrado no mês passado, em abril, quando o benefício chegou a R$ 670,49 por família. Os dados também apontam que, para o mês de maio, o Bolsa Família deve pagar R$ 14,1 bilhões no total aos beneficiários, o que também representa um recorde.
Os pagamentos do Bolsa Família em maio começaram na última quinta-feira (18), e se estendem até o dia 31 deste mês. Como de costume, a ordem dos pagamentos é feita com base no último dígito do NIS (Número de Identificação Social) do beneficiário, que está presente no cartão do benefício.
O Bolsa Família foi reformulado neste ano de 2023, após ter sido substituído pelo Auxílio Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro. Sendo assim, o novo formato do programa foi lançado em março, trazendo várias mudanças, como a alteração na linha da pobreza e pagamentos adicionais para certas famílias.
Ademais, segundo dados do governo, mais de um milhão de famílias foram incluídas no programa, desde sua reformulação. Dentre as principais novidades apresentadas está o valor mínimo do Bolsa Família, que está em R$ 600, e foi considerado de extrema importância entre as famílias que fazem parte do programa social.
O Governo Federal também implementou pagamentos adicionais para certos beneficiários do programa, segundo alguns requisitos. Nesse sentido, existe a possibilidade de pagamento extra para famílias com filhos de 0 a 18 anos (incompletos), assim como para aquelas com gestantes em sua composição.
Desta maneira, famílias beneficiárias do Bolsa Família com filhos de 0 a 6 anos de idade receberão um pagamento adicional de R$ 150 para cada criança nesta condição. Esse pagamento adicional já está ocorrendo.
No mais, as famílias que possuem gestantes e filhos de 7 a 18 anos (incompletos) estarão aptas a receber uma parcela extra de R$ 50 do Bolsa Família. No entanto, esse pagamento adicional só irá começar a partir do mês de junho.
Durante abril também ocorreu um “pente fino” do governo nos cadastros do Bolsa Família. Na ocasião, cerca de 1,2 milhão de cadastros unipessoais foram bloqueados no CadÚnico, e se exigiu um recadastramento. Isso ocorreu pois o número de pessoas que diziam morar sozinhas, e participavam do programa, estava muito acima do normal, o que gerou suspeitas de fraude.
A partir de junho o programa social terá mais uma mudança muito importante. Trata-se da troca da Regra de Emancipação do Auxílio Brasil pela Regra de Proteção do Bolsa Família.
Sendo assim, segundo a Regra de Proteção do Bolsa Família, caso a família aumente sua renda acima do limite da pobreza, continuará recebendo o benefício por mais dois anos, entretanto, o aumento não pode ser maior do que meio salário mínimo por pessoa mensalmente. A linha da pobreza atualmente se encontra em R$ 218 por pessoa na família.
Além disso, estas famílias que irão permanecer no Bolsa Família por mais 24 meses (dois anos) irão receber apenas 50% do valor do benefício. Sendo assim, com o valor mínimo de R$ 600 para o programa, estas famílias passarão a receber R$ 300 por mês. Lembrando que os 24 meses são contados a partir da atualização cadastral da renda da família.