Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) mostrou que uma porcentagem que representa mais da metade dos comerciantes do Brasil tem planos de realizar promoções para a Black Friday em 2021. A previsão é de que as vendas manifestem alta de 5% em relação ao ano de 2020.
Segundo a pesquisa, contou com a participação de mais de 1000 empresários, dentre eles 62% disseram que irão realizar promoções durante o evento, que em 2021 ocorrerá no dia 26 de novembro.
Por outro lado, cerca de 19% dos entrevistados afirmaram ter vontade de participar da Black Friday realizando promoções, no entanto, não irão conseguir por conta do aumento nos custos, que pressionam os preços e as margens de venda.
Além desses dados, a pesquisa mostrou também que mais de 6% dos lojistas que participaram da entrevista irão apostar só em promoções via internet, em plataformas de e-commerce. Outros 12% disseram que não vão participar da Black Friday em 2021.
A Black Friday e o e-commerce caminham juntos na mesma direção, o que mostra isso são os resultados que foram registrados pela Neotrust junto com a Compre&Confie, apontando que as vendas da Black Friday de 2020 passaram de 5,1 bilhões, um valor 31% maior do que o mesmo período em 2019. Segundo a pesquisa, foram realizadas 7,6 milhões de compras onlines no período, representando 24,7% a mais que o registrado na Black Friday de 2019.
Além disso, os consumidores brasileiros realizaram pedidos de valores mais elevados. Ainda segundo os dados da pesquisa, o tíquete médio em 2020 foi de R$668,70 o que representa um valor 5,1% maior do que o que foi registrado em 2019.
A Black Friday mostra sua importância para o desenvolvimento do país, quando a cada ano que passa atrai e aumenta o número de consumidores para realizar compras de forma digital.
Para os pequenos comerciantes a data também tem uma importância muito relevante. Tendo em vista que em 2020 a Black Friday foi uma estratégia utilizada por esses comerciantes menores para não serem engolidos pelas grandes empresas durante a pandemia de covid-19.
A estratégia dos pequenos comércios foi aumentar o período de Black Friday de um dia para uma semana, por exemplo, mudando o nome para “Black Week”. Com isso os comércios pequenos conseguiram uma sobrevida durante a pandemia onde as vendas eram mais difíceis por conta das restrições, com o tempo a estratégia foi adotada até mesmo pelas grandes empresas e é usada até hoje.
Segundo analistas, a data representa cerca de 4% de todas as vendas anuais na área do varejo. Tendo em vista que a projeção de vendas para o setor de varejo no Brasil em 2021 é de R$150 bilhões a R$160 bilhões, a Black Friday deste ano deve levantar cerca de R$5,5 bilhões, no ano de 2020 as vendas foram de cerca de R$5 bilhões.
Em uma visão geral, a expectativa é que a Black Friday em 2021 mantenha a tendência de 2020, ou seja, um aumento no faturamento, porém, uma quantidade de vendas menor.
Os eletrônicos devem ser os produtos dominantes nas vendas, além disso, existe a perspectiva de que outras categorias de produtos ganhem espaço no mercado, como o setor alimentício, por exemplo, que continua sofrendo muito com a alta na inflação.
Para finalizar, é válido ressaltar que a Black Friday brasileira tem um propósito diferente quando comparado a data original nos EUA. No exterior o evento funciona mais como uma queima de estoque das lojas antes do Natal. Já aqui no Brasil a data se estende por semanas com intuito de movimentar a economia do país.