Lula sancionou uma importante lei que estabelece uma pensão especial de um salário mínimo para órfãos de mulheres vítimas de feminicídio. Essa medida é fundamental para fornecer apoio aos filhos e dependentes que enfrentam essa trágica situação. A política estabelece que o auxílio será concedido aos filhos que tinham menos de 18 anos na data da morte da mãe e cuja renda familiar per capita mensal seja de até 25% do salário mínimo, o que equivale a R$ 330 de acordo com os valores atuais.
A justificativa para essa lei é garantir que as vítimas da violência não tenham seus filhos abandonados pelo Estado. Se o Estado não conseguiu proteger a mãe e permitiu que ela fosse vítima de feminicídio, então o Estado deve assumir a responsabilidade de cuidar das crianças que ficaram órfãs como resultado desse crime. Assim, devem apoiar financeiramente com o valor de um salário mínimo.
Nova lei sancionada por Lula que oferece salário mínimo aos órfãos vítimas de feminicídio tem certos critérios para se fazer valer
A nova lei também estabelece salvaguardas, como a suspensão imediata do pagamento se o processo judicial transitado em julgado determinar que não houve feminicídio. Importante ressaltar que os beneficiários não são obrigados a reembolsar os valores ao Estado, a menos que haja má-fé comprovada.
Além disso, a lei determina que a pensão não pode ser acumulada com benefícios do Regime Geral de Previdência Social ou regimes próprios de previdência. As despesas decorrentes dessa política serão alocadas na área de assistência social do Executivo e devem ser previstas anualmente na Lei Orçamentária Anual (LOA) enviada ao Congresso Nacional. O benefício será pago pelo Estado até que o filho da vítima complete 18 anos de idade.
Essa importante política, aprovada após tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado, é resultado de um projeto de lei apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). Ela destaca a necessidade de apoiar as crianças que enfrentam a perda de suas mães devido ao feminicídio e reconhece que o impacto desse crime se estende para a vida dessas crianças, muitas vezes deixadas em situações de vulnerabilidade e dificuldades econômicas. A lei busca lançar luz sobre essa questão e fornecer um suporte essencial para os órfãos de feminicídio.
As palavras da parlamentar Maria do Rosário refletem a profundidade da dor enfrentada pelas crianças que perdem suas mães devido ao feminicídio. Essas crianças já passaram pela maior tragédia, que é a perda de suas mães, e muitas vezes suas mães, no momento mais difícil de suas vidas, tentaram se livrar da violência com a preocupação adicional sobre o futuro de seus filhos diante de uma morte iminente.
Número de vítimas é alarmante, o que adiantou a sansão da lei
A escalada dos casos de feminicídio no Brasil é um assunto alarmante, como evidenciado pelos dados do Monitor da Violência. O aumento de 5% nos casos entre 2021 e 2022 é preocupante e indica a necessidade de ações concretas para lidar com esse problema persistente. A maioria dos casos de feminicídio ocorre nas mãos de companheiros atuais ou ex-companheiros da vítima, que muitas vezes são os pais das crianças ou padrastos.
A lei sancionada por Lula que estabelece uma pensão especial para órfãos de mulheres vítimas de feminicídio é uma forma de acolher essas crianças e fornecer o apoio necessário para que enfrentem essa situação traumática. Ela busca fornecer uma rede de segurança financeira e social para garantir que essas crianças não sejam deixadas desamparadas em meio a essa tragédia.
A iniciativa também reconhece que o feminicídio não afeta apenas a vítima direta, mas tem um impacto profundo em suas famílias, especialmente em suas crianças, que muitas vezes enfrentam dificuldades econômicas e institucionalização. A lei é um passo importante na direção de oferecer apoio e cuidado a esses órfãos de feminicídio, mostrando que a sociedade e o Estado estão comprometidos em proteger e apoiar as vítimas mais vulneráveis desse tipo de violência.
As palavras da autora da lei, Maria do Rosário, ressaltam a importância de fornecer apoio às crianças e adolescentes que ficam órfãos devido ao feminicídio. Muitas vezes, essas crianças se encontram em uma situação de extrema vulnerabilidade, sentindo-se sozinhas no mundo após a perda de suas mães.