O Banco Central do Brasil (BCB) divulgou seu primeiro Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas. Conforme o documento divulgado pelo BCB, a responsabilidade socioambiental é um valor corporativo incorporado há muito tempo em suas práticas internas, de regulação e supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Sendo assim, a missão do BCB é garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade.
O BCB informa que a responsabilidade socioambiental e a integridade estão entre seus valores institucionais, e o BCB atua com respeito aos cidadãos, ao meio ambiente, aos colaboradores e às demais partes interessadas, com vistas ao desenvolvimento sustentável.
Além disso, a visão do BCB é ser reconhecido pela promoção da inclusão, transparência, sustentabilidade e competitividade no sistema financeiro e pelo estímulo à educação financeira do cidadão, garante o próprio BCB.
Dessa forma, conforme consta no relatório, considerando sua missão, o BCB contribui para o desenvolvimento sustentável nas três frentes: social, ambiental e econômica. Já, relativamente aos riscos associados às mudanças climáticas, são avaliados e monitorados os impactos para o SFN e para a economia.
Assim sendo, no seu Plano Estratégico Institucional (PEI-BCB), o BCB destaca atenção aos riscos associados aos fatores ASG na sua declaração da visão de futuro e na explicitação do objetivo estratégico: “promover finanças sustentáveis e contribuir para redução de riscos socioambientais e climáticos na economia e no Sistema Financeiro”. Observando o PEI-BCB e a cadeia de valor, é possível notar contribuições do BCB para os diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas no documento “Transformando o Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, informa o relatório oficial do Banco Central.
O BCB possui uma estrutura de gestão de riscos corporativos robusta e bem estabelecida, com modelos baseados nas melhores práticas internacionais, informa o relatório.
Ao adotar a abordagem de Enterprise Risk Management (ERM), a gestão de riscos busca avaliar a exposição do BCB de forma abrangente, considerando não só os diferentes tipos de riscos incorridos, mas também a interação entre eles.
Para facilitar o alcance dos objetivos institucionais, é necessária a gestão dos riscos relativos à estratégia do Banco Central. Assim, os chamados riscos estratégicos correspondem à mensuração da incerteza relativa aos potenciais eventos externos e internos que possam afetar o cumprimento da missão institucional do BCB ou de seus objetivos estratégicos.
Além da mensuração desses impactos, por meio da análise da magnitude dos possíveis efeitos para os objetivos estratégicos, outro fator considerado é a probabilidade de ocorrência de cada risco, informa o relatório divulgado pelo Banco Central do Brasil.