Banco Central: o impacto do recuo dos serviços financeiros na economia do Sudeste do país
A economia do Sudeste perdeu ritmo no segundo trimestre de 2022. Confira dados oficiais do Banco Central do Brasil!
A economia do Sudeste perdeu ritmo no segundo trimestre, refletindo, sobretudo, o arrefecimento da expansão do comércio e o recuo dos serviços financeiros, destaca o Banco Central do Brasil (BCB), conforme divulgação oficial realizada na data desta publicação, 02 de setembro de 2022.
Banco Central: o impacto do recuo dos serviços financeiros na economia do Sudeste do país
Nesse cenário, o Índice de Atividade Econômica Regional – IBCR-SE, variou -0,1% no trimestre, em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,6%), influenciado pelo desempenho de São Paulo (-0,5%), enquanto os demais estados apresentaram avanço, com destaque para Minas Gerais (1,5%).
Dados oficiais
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), no acumulado em doze meses até junho, a economia da região registrou incremento de 2,6%. O aumento das vendas do comércio ampliado desacelerou para 0,2% no segundo trimestre em relação ao anterior, quando havia crescido 1,5%.
O Banco Central do Brasil (BCB) destaca que houve avanço em cinco dos dez segmentos pesquisados, com destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, além de combustíveis.
Em sentido oposto, segmentos mais sensíveis ao crédito e à elevação da taxa de juros, como os de material de construção, veículos, motocicletas, partes e peças e móveis e eletrodomésticos, apresentaram retração.
Serviços
De acordo com a divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB), o setor de serviços continuou o processo de retomada pós pandemia, refletindo a normalização das atividades. Nesse sentido, o volume de serviços não financeiros apresentou expansão de 2,0% no segundo trimestre, mantendo o bom desempenho observado nos três meses anteriores (1,8%) e superando o nível pré-pandemia, de acordo com a divulgação oficial.
Houve avanço em todos os segmentos, sobressaindo o de serviços prestados às famílias. O Banco Central do Brasil (BCB) destaca que a indústria cresceu 0,7% no segundo trimestre, desacelerando em relação ao primeiro (1,6%).
Houve alta em quinze dos 22 setores pesquisados, com as maiores contribuições positivas vindas dos segmentos de derivados de petróleo e biocombustíveis e veículos automotores. Do lado negativo, destacaram-se as atividades de fabricação de produtos alimentícios, de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e da indústria extrativa.
Segundo ressalta o Banco Central do Brasil (BCB), a manutenção da trajetória de crescimento impactou a confiança do empresário industrial, com aumento do Icei, que atingiu 56,5 pontos na média do trimestre finalizado em julho, após alcançar 54,6 pontos, no encerrado em abril.
Emprego e renda
No mercado de trabalho, a taxa de desocupação dessazonalizada da PNADC-T recuou de 10,7% no primeiro trimestre para 9,2% no segundo, consequência da elevação da população ocupada acima da verificada na força de trabalho.
De acordo com o Novo Caged, houve criação de postos formais de trabalho no trimestre encerrado em junho, principalmente no setor de serviços, notadamente nos segmentos alojamento, alimentação e atividades administrativas e serviços complementares.
Superávit
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), o superávit da balança comercial do Sudeste cresceu de US$16,0 bilhões, nos primeiros sete meses de 2021, para US$16,6 bilhões, em igual período de 2022.
O desempenho foi condicionado pelo aumento das exportações, beneficiadas pela elevação dos preços, com destaque para as vendas de óleos brutos de petróleo, café cru e soja em grão, além de óleos combustíveis.
Segundo ressalta o Banco Central do Brasil (BCB), as importações, também impulsionadas pelo aumento dos preços, avançaram, com ênfase nas maiores aquisições de bens intermediários, além de combustíveis e lubrificantes.