Confira alguns apontamentos feitos pelo presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no evento “Medidas de Sustentabilidade”.
Conforme informações oficiais divulgadas pelo BC, no caso dos bancos centrais, as questões relacionadas à sustentabilidade têm potencial para afetar as suas duas principais missões: a política monetária e a estabilidade financeira.
Choques ambientais e climáticos podem afetar a taxa de inflação. Esses choques são difíceis de prever e afetam a oferta e, assim, são mais difíceis para a política monetária. De fato, no período recente temos presenciado diversos choques climáticos adversos com impactos negativos sobre a inflação.
A divulgação oficial do BC traz um exemplo: ondas de calor, geadas, secas e outros eventos têm afetado os preços de alimentos e energia, com impactos significativos sobre a inflação brasileira.
No que diz respeito ao longo prazo, esses choques podem ter efeitos duradouros. Pois afetam a produtividade e o crescimento econômico de longo prazo, e a taxa neutra de juros.
A nota diz que os BCs precisam avaliar as vulnerabilidades do sistema financeiro em relação a choques climáticos. Choques podem provocar mudanças nas avaliações de ativos, e perdas para o sistema e podem ocorrer feedbacks entre a economia real e os mercados financeiros.
Sendo assim, o BC informa que para lidar com essas questões, os bancos centrais precisam permanecer na fronteira do conhecimento e das ações, respondendo:
O BC tem um longo histórico de apoiar a agenda ambiental, de implementar medidas relacionadas ao assunto e de participar ativamente do debate internacional.
A nota oficial informa que especialmente na última década, o BC deu um passo à frente e emitiu normativos com o intuito de iniciar a integração de fatores sociais e ambientais na análise de risco das instituições financeiras.
Por exemplo:
Em 2014, estabelecemos as diretrizes das políticas de responsabilidade socioambiental (S&E) para as IFs brasileiras; e em 2017, incluímos o risco socioambiental entre aqueles que as IFs devem identificar, medir, avaliar, controlar e mitigar.
Assim sendo, o lançamento da Agenda BC Sustentabilidade visa liderar pelo exemplo dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e entregar resultados concretos à sociedade, em consonância com as melhores práticas internacionais.
O BC informa que a agenda de sustentabilidade do BC tem diversos tipos de ações: internas, políticas, regulatórias e de supervisão, bem como, parcerias.