De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB) a análise conjuntura interna da atividade econômica apresentou recuo no Produto Interno Bruto (PIB), que recuou ligeiramente (-0,1%) no terceiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, quando a queda de 0,4% havia interrompido a sequência de altas iniciada no terceiro trimestre de 2020.
Conforme informações do Banco Central do Brasil (BCB), divulgadas em seu último Relatório Oficial de Inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) reflete a instabilidade do cenário econômico atual.
Dessa forma, o PIB se situa 0,1% abaixo do nível pré-pandemia e 3,2% abaixo do máximo histórico, ocorrido no primeiro trimestre de 2014. Considerada a data de corte do Relatório de Inflação (RI) de setembro, o resultado do terceiro trimestre veio abaixo das expectativas do BC e da mediana dos analistas do Sistema de Expectativa de Mercado (relatório Focus).
A divulgação das Contas Nacionais Trimestrais (CNT) do terceiro trimestre foi acompanhada ? como ocorre em todos os anos nesta ocasião ? de revisões em dados divulgados anteriormente, incorporando, em especial, a última estimativa da série anual das Contas Nacionais e as versões mais atualizadas dos indicadores econômicos mensais e dos levantamentos de safra, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
A revisão de dados do passado e a incorporação do resultado do terceiro trimestre de 2021 fizeram com que as variações trimestrais da série do PIB ajustada sazonalmente passassem de 1,2% para 1,3% no primeiro trimestre e de -0,1% para -0,4% no segundo trimestre. Além disso, a contração anual de 4,1% em 2020 foi revista para -3,9%.
O Banco Central do Brasil (BCB) ressalta que, como já discutido em edições prévias do Relatório Oficial de Inflação, a interpretação da evolução do crescimento da economia ao longo de 2021 é sensível ao ajuste sazonal utilizado.
No ajuste oficial, observa-se expansão significativa no primeiro trimestre e recuo nos seguintes. Com ajuste alternativo, que minimiza a influência do período da pandemia sobre a estimação dos fatores sazonais e de calendário, as variações do primeiro ao terceiro trimestre são 0,9%, -0,6% e 0,4%.
Conforme informa o Banco Central do Brasil (BCB), com esses dados, o crescimento no primeiro trimestre ainda foi robusto, influenciado pela expansão da agropecuária, mas menor que no ajuste oficial, possivelmente refletindo melhor a retirada de estímulos diretos, como o auxílio emergencial.
No segundo trimestre, houve um recuo mais pronunciado concomitante ao agravamento da crise sanitária em março e abril, seguido de recuperação no terceiro trimestre, em vez de recuo moderado, informa o Banco Central do Brasil (BCB). É possível conferir essas (e outras) análises na plataforma oficial da instituição.